O Banco do Brasil, o BB, listado sob o ticker BBAS3, comunicou nesta segunda-feira (22) que não há qualquer decisão no âmbito de sua governança sobre a Cielo (CIEL3) neste momento, afirmando, contudo, que “avalia constantemente oportunidades e alternativas que contribuam com sua estratégia corporativa”.
O comunicado do BB vem após o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, publicar no fim de semana que, depois de meses estudando diversas alternativas, o Bradesco (BBDC4) e o Banco do Brasil –que dividem o controle da empresa de meios de pagamentos–estão concluindo estudos para o fechamento do capital da Cielo.
Em nota separada, a Cielo divulgou a resposta do BB e também a do Bradesco. “Em relação à nota publicada pelo colunista Lauro Jardim, citando planos para fechar o capital da Cielo, informamos que não estamos estudando nada neste sentido no momento”, afirmou o Bradesco, segundo a Cielo.
Bolsonaro
Integrantes do governo temem que a fala do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no final de semana, de que outras mudanças poderão ocorrer, tenha como alvo o presidente do Banco do Brasil, André Brandão.
De acordo com o G1, Brandão entrou na mira de Bolsonaro após o Banco do Brasil anunciar o fechamento de agências dentro de um programa já previsto de reestruturação administrativa.
O problema é que o presidente não gostou, e reclamou com Paulo Guedes.
O ministro da Economia, no entanto, trabalhou para manter Brandão, junto com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Sobrevida
Ainda de acordo com o G1, Brandão ganhou uma sobrevida, mas integrantes da equipe econômica não acreditam que a insatisfação do presidente com o chefe do BB tenha passado. Por isso, temem que ele ainda esteja na mira do presidente.
Assessores de Bolsonaro avaliaram ao blog, inclusive, que o movimento pela permanência de Brandão no mês passado foi maior do que o feito por Castello Branco, que deixará a Petrobras.
Nos bastidores do governo, auxiliares presidenciais argumentam que a “máquina presidencial explode” quem não avisa o presidente com antecedência de movimentos que interferiram no aumento de custo de vida da população.
No caso do BB, a questão do fechamento de agências e o desemprego; na Petrobras, o preço do combustível e, por fim, a Eletrobras, com o aumento na tarifa de energia.
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