Banco do Brasil (BBAS3) pode perder conselheiros e diretores após troca na presidência

O colegiado já vinha apresentando insatisfação com a interferência do governo

A troca na presidência do Banco do Brasil (BBAS3), seis meses após o desembarque de André Brandão, vindo do HSBC, deve desencadear uma forte baixa no Conselho de Administração do conglomerado, seguindo o que ocorreu na Petrobras.

De acordo com o Estadão, o colegiado já vinha apresentando insatisfação com a interferência do governo de Jair Bolsonaro nas estatais e a fritura do executivo nos últimos meses. A indicação de Fausto Ribeiro, que tocava até então a área de consórcios do banco e antes só ocupou cargos de gerência, seria o estopim.

Banco do Brasil

Segundo o jornal, as mudanças não são esperadas apenas no colegiado. De acordo com fontes internas do banco, diretores e vice-presidentes já começaram a sinalizar que podem seguir Brandão e abandonar o barco. Os nomes ainda são mantidos em sigilo. Na vice-presidência são esperadas ao menos duas baixas, relata uma das fontes.

A insatisfação após o anúncio, na noite de quinta-feira, foi geral. Pesou principalmente o fato de Ribeiro ter chegado ao segundo escalão do BB há pouco tempo, após ter sido promovido para a presidência da BB Consórcios. Antes, todos os cargos que ocupou foram no patamar de gerência, o que desencadeou o incômodo nos bastidores do banco, que consideram o salto dele “meteórico”.

Conselho

No Conselho de Administração, as baixas devem ocorrer, mas por ora, uma ‘renúncia coletiva’, por exemplo, estaria descartada. Os membros indicados por acionistas minoritários, Luiz Serafim Spinola Santos e Paulo Roberto Evangelista de Lima, estariam no time que deve permanecer.

Presidente do conselho de administração está insatisfeito com clima no Banco do Brasil

O presidente do Conselho, Hélio Magalhães, com carreira longeva no universo bancário, é um dos que tem demonstrado decepção a pessoas próximas e que poderia largar o bastão.

Ele aceitou o convite para assumir a cadeira diante da bandeira da equipe econômica de dar uma cara privada aos colegiados dos bancos públicos, além da agenda liberal.

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