O Banco do Brasil (BBAS3) comunicou nesta segunda-feira (25) que não há decisão materializando qualquer negociação envolvendo o segmento de gestão de recursos, a BB DTVM, no âmbito da governança do banco.
No entanto, o BB disse que continua “estudando alternativas e avaliando oportunidades que contribuam com sua estratégia de atuação na atividade de gestão de recursos de terceiros e, ainda, agreguem valor para seus clientes e acionistas”.
BBAS3: banco
Isso porque na última sexta-feira, a Reuters noticiou, citando fontes, que o BB retomou o processo de venda da BB DTVM e que o banco espera a entrega de ofertas vinculantes no próximo mês.
O processo de venda da gestora teve início em 2019, sob o comando do ex-presidente Rubem Novaes, mas foi interrompido em fevereiro passado, após o BB considerar as propostas entregues muito baixas, disse à Reuters uma fonte a par do assunto.
André Brandão
Para tentar acabar com os ruídos sobre a possibilidade de interferência política no Banco do Brasil (BB), o Conselho de Administração da instituição emitiu um comunicado garantindo a manutenção do plano de reestruturação do banco e a permanência de André Brandão na presidência. O texto, no entanto, não foi assinado pelo executivo nem pelo secretário especial da Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, ambos já ameaçados de demissão pelo presidente Jair Bolsonaro.
Segundo o Correio Braziliense, o plano de reestruturação do BB prevê o fechamento de 361 unidades de atendimento e o desligamento voluntário de até cinco mil funcionários ao longo deste primeiro semestre. Porém, irritou Bolsonaro. Tanto que o chefe do Executivo pediu a dispensa de Brandão ao ministro da Economia, Paulo Guedes, no início do mês. O executivo, no entanto, ficou no cargo, porque a equipe econômica mostrou a Bolsonaro que a ameaça de demissão derrubou as ações do BB e foi interpretada pelo mercado como uma interferência política.
Dúvidas
Ainda assim, havia dúvidas sobre a continuidade do plano de reestruturação do banco, pois, diante da manutenção de Brandão, o Planalto cobrou uma revisão do projeto de fechamento de agências. O Conselho de Administração do BB fez, então, uma reunião extraordinária para tratar do assunto. E, na ocasião, descartou alterações no plano.
Na ata da reunião, o Conselho de Administração do BB nega “qualquer espécie de interferência do acionista controlador na execução das medidas de eficiência anunciadas, que seguem sendo executadas exatamente como aprovada” e diz que as notícias sobre a demissão de Brandão não passaram de “graves especulações”. A manifestação ainda explica que, em respeito à Lei das Sociedades por Ações e à Lei das Estatais, “não seria admitido a estes conselheiros anuir com qualquer prática que, porventura, viesse a ser adotada contrariamente aos melhores interesses da companhia e de seus acionistas”.
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