O Mercado bastante impactado nesta manhã depois da quebra do Silicon Valley Bank -SVB e ação rápida do Federal Reserve e do Tesouro norte-americano para que a quebra não se tornasse um evento sistêmico. A curva de juros nos EUA não precifica nenhuma alta adicional cheia de 25 bps e já precifica corte de juros no segundo semestre. Vale lembrar que há risco de outros bancos norte-americanos apresentarem descasamento entre ativos e passivos, sobretudo bancos regionais e ligados a crédito imobiliário.
No mercado de juros local, o impacto é grande também, pois os agentes tendem a comparar o colapso do SVB com empresas varejistas locais que também têm apresentado problemas de balanço por conta do alto nível da taxa de juros. Neste momento, o DI JAN25 apresenta queda de 30 bps negociado a 12,06% a.a. e
JAN27 recua 27 bps a 12,37% a.a.
Vale lembrar que recentemente, alteramos nosso call de Selic estável em 2023 para início do ciclo de queda a partir da reunião do Copom de junho (cinco cortes consecutivos de 0,25 p.p. levando a taxa básica de juros a 12,50% a.a. no final de 2023).
De acordo com a pesquisa Focus, a expectativa do mercado para a inflação IPCA aumentou de 5,90% para 5,96% em 2023, se manteve em 4,02% para 2024 e em 3,80% para 2025, e teve alta de 2 p.p. para 2026 de 3,77% para 3,79%. A taxa de crescimento esperada para o PIB deste ano passou de 0,85% para 0,89% e permaneceu em 1,50% para 2024. Não houve alterações nas medianas das estimativas para a taxa de câmbio (R$5,25/US$ e R$5,30/US$) e Selic (12,75% e 10,00%) ao final dos dois anos (respectivamente).
A agenda doméstica desta semana conta com poucos indicadores econômicos e o destaque é a taxa de desemprego PNAD de janeiro na sexta. Já no cenário externo, chamam a atenção os dados de inflação de fevereiro na economia norteamericana (CPI na terça e PPI na quarta) e Zona do Euro (CPI na sexta-feira).
*Cristiano Oliveira é economista-chefe do Banco Fibra
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