O mercado alta renda está crescendo no Brasil e a indústria financeira – com assets e agentes de investimentos autônomos – precisa cada vez mais de profissionais qualificados.
Segundo o Estadão, a perspectiva de juro baixo ser o novo normal no Brasil e no mundo está abalando várias instituições financeiras que há pouco tempo transitavam tranquilamente entre os clientes de alta renda.
No novo cenário, acelerado pela pandemia , a indústria do private banking, como é conhecido o segmento que atende aos endinheirados, está atrás de manter os seus clientes e, para isso, investindo pesado na contratação dos melhores profissionais da praça e em tecnologia.
O volume de investimentos do segmento privado no Brasil está atualmente na casa de R $ 1,38 trilhão. Na terça-feira, o assunto nesse mercado é a ida de cerca de 19 profissionais do private banking do XP , para seu concorrente mais agressivo na área de investimentos, o BTG Pactual.
Ampliar captações
De acordo com o jornal, o foco do BTG é ampliar ainda mais as captações da área de gestão de fortunas do banco, onde a participação da plataforma de varejo de alta renda, o BTG Pactual Digital, tem tido uma contribuição crescente, embora o banco não mostre os números associados.
No segundo trimestre, o BTG destacou no balanço os R $ 10,7 bilhões captados por este segmento de administração de fortunas do banco, onde as receitas cresceram 29% em 12 meses, para R $ 368 milhões.
A XP não abre seus números sobre alta renda, mas tem mais de 120 profissionais voltados no atendimento desse público.
Bradesco e JPMorgan
Na mesma pegada, o Bradesco passará a oferecer seus serviços de investimento para os clientes do JP Morgan, que centrará foco somente em sua plataforma de investimento sem exterior.
Com isso, deu mais um passo rumo à expansão desse segmento concentrado em clientes que possuem mais de R $ 5 milhões para investimento.
Hoje, a instituição possui R $ 300 bilhões sob gestão, conforme os últimos dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o correspondente a 21% de fatia do mercado.
Entre os nomes tradicionais no atendimento dos mais riscos, o Safra , por exemplo, abriu nada menos do que 200 vagas para profissionais a fim de ampliar sua base de clientes alta renda.
O banco oferece toda a formação necessária, mas estipula como atribuições, além de graduação, excelência na comunicação e bom relacionamento com os endinheirados.
Credit Suisse
Já o Credit Suisse, que há décadas foca nos ricos, anunciou na segunda-feira a contratação de Luciano Telo como Chief Investment Officer da divisão de private do banco, o International Wealth Management Brazil (IWM Brasil).
Ou seja, ele será responsável pela gestão de cerca de R $ 90 bilhões em ativos dos clientes brasileiros.
Sem total, o segmento tem R $ 230 bilhões sob gestão. Essa diferença está aplicada em ativos de subsidiária brasileira do banco suíço. Olhando para isso, o Credit também criou o cargo do Head de Funds Solutions & Business Development, ocupado por Enio Shinohara.
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