Inovação do sistema financeiro: 6 ferramentas que poderão ficar inutilizáveis nos próximos anos

A transformação digital permitiu que o setor evoluísse de forma exponencial nos últimos anos

O sistema financeiro brasileiro vem passando por transformações que impactam não apenas instituições financeiras e empresas, mas também os consumidores. Bem como, a chegada de tecnologias como o QR Code, PIX e iniciadores de pagamentos.

Ao recordar, as opções de serviços nas instituições tradicionais eram bastante limitadas e burocráticas. Logo, a tecnologia trouxe as estratégias do Open Finance, que facilita todo o processo ao consumidor. Isto posto, surge o questionamento: “o que acontece com as ferramentas que até pouco tempo atrás eram essenciais para o funcionamento do sistema financeiro?”.

Para Caio Bretones, sócio fundador e CEO da Mobile2you, mobile-house focada no desenvolvimento de aplicativos financeiros sob medida, as novidades que surgiram nos últimos anos foram e continuam sendo essenciais para a evolução do sistema financeiro brasileiro. Entretanto, neste processo, é inevitável que algumas funcionalidades anteriores se tornem obsoletas.

Pensando nisso, Bretones listou 6 serviços e ferramentas financeiras que estão ou se tornarão obsoletas ao passo que o Brasil avança rumo ao ápice da inovação do setor.

Boletos e carnês

Em primeiro lugar, têm os boletos e carnês, que alguns anos atrás eram utilizados por todos. No entanto, além de ultrapassados frente às inovações tecnológicas, não são sustentáveis. Dado que, para sua produção, há necessidade de papel, tinta e energia elétrica.

Esses meios de pagamento, durante um bom tempo, ditaram regras no sistema financeiro e eram unanimidade entre os serviços, principalmente, para quem não possuía cartão de crédito.

“Quanto à sustentabilidade, os carnês e boletos digitais, aqueles gerados dentro do site ou app da instituição financeira sem que haja a necessidade de impressão, são uma boa saída para que o meio de pagamento sobreviva por mais alguns anos”, afirmou Caio.

Cartões e maquininhas

Atualmente, com apenas um smartphone, o consumidor consegue efetuar qualquer tipo de transação financeira. Antes o cliente precisava se locomover até o banco, mas agora tudo pode ser feito em questão de segundos apenas com alguns cliques.

Desde meados dos anos 50, os cartões tiveram um papel essencial para fomentar o poder de compra dos brasileiros. Contudo, não há mais necessidade deles. Isso porque desenvolveram uma série de alternativas para substituí-los.

Como, por exemplo, as pulseiras de pagamento, transferências instantâneas gratuitas, cartões digitais, QR Code, entre outras. Além disso, o PIX representa um grande vilão para a continuidade da existência dos cartões de débito.

Ilustração fim das ferramentas financeiras

TED e DOC

O principal diferencial entre as duas modalidades é o prazo em que o valor é disponibilizado na conta do destinatário. Ou seja, o recebimento da TED ocorre no mesmo dia se realizada até às 17h, e DOC apenas no dia seguinte à transação.

Sendo assim, antes mesmo de selecionar qual tipo de transferência realizar, o valor máximo também era uma questão. Uma vez que a TED possibilita a realização de transferências maiores do que R$ 5 mil, já o DOC, não. 

A propósito, as regras de transferência TED e DOC se tornaram irrelevantes em um cenário dominado por inovações tecnológicas,  já que o PIX supriu a necessidade com mais agilidade e menos burocracia.

Segundo os dados do Banco Central e da Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP), em apenas 2 meses, o PIX superou TEDs e DOCs em volume de transações. Atualmente, o sistema representa um dos meios de pagamento preferidos entre os consumidores.