O Santander Brasil (SANB4) anuncia a aquisição da FIT Energia, plataforma de geração distribuída da Hy Brazil Energia que conecta detentores de ativos de geração de energia limpa a consumidores de baixa tensão (pessoas físicas, pequenas e médias empresas).
O anúncio feito hoje vai permitir que o banco amplie a atuação no mercado de energia, atendendo a um público carente de opções para consumir energia renovável e com preço inferior ao cobrado pelas distribuidoras.
Depois de criar sua própria mesa comercializadora de energia, em 2019, o Santander tornou-se um dos principais líderes em volume transacionado no mercado livre entre as comercializadoras independentes.
Com a aquisição da FIT, segundo banco, vai garantir a capilaridade necessária à oferta para consumidores de baixa tensão, já que o Marco Legal da Geração Distribuída (GD) prevê que a energia seja gerada e consumida na própria área de atuação da distribuidora local.
Rafael Thomaz, responsável pela mesa de energia da Tesouraria do Santander Brasil, o objetivo será atrair cada vez mais produtoras de energia renovável para a plataforma. “Só com uma ampla oferta conseguiremos atingir um público maior em todo o País”, explica o executivo.
Uma das geradoras parceiras da FIT será a própria Hy Brazil, que atua no mercado de energia há mais de 20 anos e tem em seu portfólio mais de 50 usinas em operação. Os empreendimentos estão instaldos nas cinco regiões do País, entre hidrelétricas e fotovoltaicas, somando mais de 140 megawatts. A empresa, que seguirá como sócia minoritária na FIT, pretende instalar ainda outros 100 MW até fim de 2024.
Além de ser uma marca reconhecida pelos consumidores, presente em mais de mil municípios, o Santander mantém relacionamento com grandes empresas do setor e tem a robustez financeira necessária para garantir aos geradores o pagamento pela energia contratada em cada região. “Esses três diferenciais mostram que estamos bem-posicionados para atuar nesse mercado, beneficiando consumidores em geral e contribuindo para transformar a matriz energética do País”, diz Thomaz.
“A entrada do banco na FIT gera um enorme valor aos nossos parceiros, primeiro àqueles que investem nas usinas, pois a segurança de um contrato garantido pelo Santander refletirá inclusive em condições mais vantajosas por parte de seus financiadores”, ressalta Bruno Menezes, CEO da FIT. “Na outra ponta, pessoas e pequenas e médias empresas que, por qualquer motivo, não podem instalar placas solares no telhado, também terão a oportunidade de participar da GD, gerando sua própria energia de forma remota, com economia e sem necessidade de investimento.”
Como vai funcionar?
Por meio do arrendamento de usinas enquadradas em GD através de contratos de longo prazo, pessoas físicas e pequenas e médias empresas poderão sinalizar o interesse em entrar na plataforma. Uma vez aprovado seu ingresso, o consumidor passará a receber energia de geração própria e compartilhada vindas destas usinas. A partir daía a utilização da energia não será mais contratada pelas distribuidoras, que inclui as térmicas, mais caras e poluentes. Tudo é feito digitalmente, não havendo necessidade de investimento ou obra.
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