Saída do Conselho da ELET3

É esperada nova decisão em Assembleia Geral Extraordinária

O fim de semana prolongado foi agitado para os membros dos conselhos de estatais. Além da reunião do Conselho da Petrobras (PETR4) na quinta-feira (feriado), os nove dos 10 membros da Eletrobras (ELET3) renunciaram aos cargos.

Na carta, conforme comunicado, o grupo disse que, finalizado o processo de capitalização, entendem ser “necessário propiciar que a nova composição societária venha a formatar um novo colegiado para a companhia.”

Renunciaram em carta os conselheiros Ruy Schneider, Marcelo de Siqueira Freitas, Bruno Eustáquio de Carvalho, Ana Carolina Marinho, Jeronimo Antunes, Ana Silvia Corso, Felipe Villela Dias, Daniel Alves Ferreira e Rodrigo Limp. Cabe destacar que, no caso de Limp, atual presidente da empresa, a renúncia refere-se apenas ao cargo de conselheiro, de modo que ele permanece comandando a companhia.

Carlos Eduardo Rodrigues Pereira, representante dos empregados, foi o único membro a não assinar a carta de renúncia, uma vez que, conforme relatado no fato relevante, a vaga no conselho de representante dos funcionários possui processo de eleição apartado dos demais.

A Eletrobras salientou que, como próximos passos, uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) deverá ser convocada em breve, a fim de se eleger novos conselheiros, com os atuais permanecendo no cargo até a posse destes novos.

De fato, a maior parte dos membros que renunciou, com exceção de Villela Dias e Alves Ferreira, havia sido indicada pela União, acionista controlador da empresa antes de sua privatização.

“Nesse sentido, entendemos que o movimento realizado por parte dos atuais conselheiros trata-se de uma boa prática de governança, de modo que a composição do novo conselho de administração da companhia seja mais aderente à sua nova realidade jurídica e acionária, o que esperamos ser positivo para a empresa”, citaram os analista da Levante Ideias de Investimento em relatório diário.

Eletrobras e a Oferta

Movimentando cerca de R$ 29 bilhões, a oferta de ações da Eletrobras destacou-se como como o segundo maior processo desse formato a ocorrer no país, ficando atrás apenas da privatização da Telebrás, em 1998, e com o volume levantado sendo aproximadamente o dobro do da privatização da Vale, em 1997. Desde o início do ano, as ações da companhia (ELET6) apresentam uma valorização de 33,51% contra um recuo de 4,77% do índice Bovespa para o mesmo período.

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