Rússia desmobiliza exército perto da Ucrânia; bolsa e bitcoin sobem com isso

Rússia é o terceiro maior minerador de Bitcoin do mundo e guerra poderia disruptar isso

O mercado está respirando aliviado com a desmobilização das tropas russas na fronteira com a Ucrânia nesta terça-feira (15). O Ministro da Defesa russo afirmou que a retirada já estava planejada, mesmo que os exercícios militares ainda não tenham terminado.

A expectativa, disse Moscou desde o começo, era terminar os exercícios dia 20. Já o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, havia afirmado que as tropas russas invadiriam a Ucrânia amanhã, quarta-feira (16). Zelensky havia pedido para que os ucranianos “demonstrassem apoio a seu país” com fitas azuis e amarelas nas janelas durante a invasão.

A perspectiva para investimentos de risco melhoram, com o Ibovespa em leve alta de 0,36% na manhã desta terça, para 114.305 pontos. O VIX, também chamado de “índice de medo” recua 6,60%, mostrando o alívio dos mercados com os recentes acontecimentos.

Já o Bitcoin tem alta de 3,35% para R$ 229,3 mil. A Rússia é a terceira maior mineradora do mundo, atrás apenas de Estados Unidos e Cazaquistão. Uma guerra serviria para disruptar a mineração – principalmente se a Rússia fosse levada para um conflito maior e começasse a ter que racionar energia, o que seria desastroso para o cenário de criptomoedas.

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No cenário corporativo, chamam atenção duas empresas:

O Banco do Brasil (BBAS3) divulgou um forte resultado na noite da véspera, com lucro de R$ 5,9 bilhões, 60% acima do que havia sido visto um ano antes. As ações sobem 4,80% por volta das 10h50, atingindo R$ 35,15. Parte do mercado acredita que os papéis da estatal operam bastante descontados frente outros bancos, como Bradesco (BBDC4), Itaú Unibanco (ITUB4) e, principalmente, Nubank (NUBR33).

Já a Petrobras (PETR4) vê suas ações recuarem 1,76% após vencer uma disputa de R$ 47 bilhões no STF, a maior ação trabalhista da história da Estatal. Votaram a favor: Alexandre de Moraes, que também era o relator, Dias Toffoli e Cármen Lúcia. Luís Barroso se declarou suspeito e falta o voto de Rosa Weber. Como não há possibilidade de empate, Gilmar Mendes não será chamado para votação.

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