Receita da Dexco foi de R$ 1,71 bilhão

EBITDA ajustado e recorrente do trimestre foi de R$ 484 milhões

A Dexco, detentora das marcas Deca, Portinari, Hydra, Duratex, Castelatto, Ceusa e Durafloor, registrou Receita Líquida de R$ 1,71 bilhão no primeiro trimestre, redução de 19,7% na comparação com o 1T22. O EBITDA ajustado e recorrente do trimestre foi de R$ 484 milhões, com margem EBITDA de 20,6%. Foram números saudáveis, mesmo diante de um contexto econômico bastante desafiador para os segmentos de atuação da empresa. O Lucro Líquido de R$ 109 milhões no primeiro trimestre de 2023 teve queda de 45% na comparação com mesmo período do ano anterior.

“Os primeiros meses de 2023 foram de reconhecida instabilidade econômica no país. Trata-se de um fenômeno que atingiu diversos setores da economia, entre eles os segmentos de construção, reforma e bens de consumo. Diante dos desafios, os negócios da empresa apresentaram impactos variados. Porém, já é possível observar indicadores promissores para os próximos trimestres”, destaca Antonio Joaquim de Oliveira, CEO da Dexco.

Um claro exemplo é o negócio de Celulose Solúvel, representado pela LD Celulose, joint venture entre a Dexco e a austríaca Lenzing, que continua com indicadores bastante favoráveis. Mesmo em cenário de pressão de custos devido a parada programada de manutenção, o negócio apresentou 92 mil toneladas de volume vendido e possibilitou a importante contribuição de R$ 133,2 milhões ao EBITDA trimestral da Dexco. “A expectativa é que a LD Celulose, que entrou em fase 100% operacional no último trimestre de 2022, se consolide e contribua cada vez mais para os nossos resultados”, completa Antônio Joaquim.

Gestão estratégica e investimentos

A Dexco fechou o 1T23 com alavancagem de 2,7x, com crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior, mas ainda em patamar saudável e condizente com a estrutura de capital que a empresa tem hoje. “A companhia enxerga como natural uma alavancagem em patamar de até 3,5x diante de um cenário de continuidade do plano de investimentos para expansão orgânica de ativos, como o que ocorre atualmente na Dexco”, afirma Francisco Semeraro, CFO da Dexco.

No trimestre, a companhia manteve inalterado o seu plano de investimentos para crescimento orgânico no país, mesmo diante do cenário reconhecidamente desafiador. Foram R$ 21 milhões em projetos de produtividade, melhora de mix e automação de Deca; R$ 15 milhões na nova unidade de revestimentos cerâmicos em Botucatu (SP); e R$ 13 milhões para melhora de mix de painéis de madeira, melhorias fabris e expansão florestal.

Além disso, os processos de liability management liderados pela empresa seguem entregando bons resultados no alongamento da dívida, com aumento de 17 p.p na dívida de longo prazo na comparação anual. Atualmente, 85% do estoque de dívida da empresa é de longo prazo, com perfil médio de 3,9 anos, trazendo maior conforto para tomada de decisão e alocação de capital, diante das dificuldades do cenário externo. “Essa soma de fatores de solidez financeira proporcionou à Dexco a recente manutenção do seu rating global em BB+ pela agência Fitch”, ressalta Semeraro.

A empresa também aportou R$ 140 milhões em Capex Sustaining, com foco no processo de reflorestamento. “A Dexco confia na estratégia de investimento no incremento do seu ativo florestal, pois entende que esse será um importante diferencial para o futuro, diante da menor disponibilidade de madeira no Brasil”, complementa o executivo.

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