As ações do Facebook, agora Meta, despencam 25% na tarde desta quinta-feira (3), batendo patamar perto dos US$ 240,00. Tudo deu errado para a empresa de Mark Zuckerberg: perdeu usuários pela primeira vez, os resultados foram abaixo do esperado, a nova política de privacidade da Apple causou um impacto financeiro significativo e, para completar, a esperança da empresa, a unidade de realidade virtual, teve um resultado desapontador.
O mais significativo e impressionante foi o impacto da Apple nos resultados da Meta – o que mostra o real motive pelo qual a companhia está buscando focar no Metaverso em breve: A atualização do iOS 14.5 da Apple, que aconteceu em abril do ano passado, passou a permitir que os usuários optem por não ser rastreados por aplicativos, alterando o que as empresas, como a própria Meta, podem utilizar para medir os anúncios.
David Wehner, CFO do Facebook, disse na quarta-feira que a empresa espera perder US$ 10 bilhões em 2021 devido ao impacto dessas mudanças. “É um vento contrário bastante significativo em nossos negócios”, disse Wehner, lembrando também que a Apple tem um acordo com o Google e que isso faz com que as duas companhias se tratem melhor do que com o Facebook.
A expectativa é de mais perdas por conta do lançamento do iOS 15, além de novas regulações de dados na Europa. “Há uma tendência clara que menos dados estão disponíveis para anúncios personalizados”, disse Mark Zuckerberg, fundador e CEO do Facebook, na chamada. “Estamos reconstruindo grande parte de nossa infraestrutura de publicidade para que possamos continuar a crescer e entregar anúncios personalizados”, completou.
O Facebook está atrás de uma plataforma para chamar de sua, como o Google e Apple possuem. E por isso, o push recente no metaverso: sem controle de uma plataforma, o Facebook não pode criar uma loja de aplicativos e cobrar 30% por transações como a própria Apple e Google fazem, o que tornou as empresas em extremamente lucrativas – além de seus próprios esforços.
O Facebook também tem pouco controle seu próprio destino. Neste momento, a Apple e o Google controlam o destino da FB tanto quanto a própria empresa, algo que ficou explícito com a decisão da Apple. Se o Google fizer algo similar no Android, os resultados da companhia serão novamente impactados. Além disso, seus serviços saem de desvantagem contra os de Google e Apple – o YouTube, por exemplo, é pré-instalado em celulares Android, o que prejudicou a entrada do FB no ambiente de vídeos.
O que a empresa de Mark Zuckerberg quer é ter sua própria plataforma e controlar seu próprio destino naquele que eles acreditam ser o próximo mercado de massa, que é a realidade virtual. Está cedo, mas o esforço é ter um lugar à mesa quando a tecnologia maturar. E até lá, o FB aceita perder US$ 10 bilhões por ano para fortalecer seu negócio nessa área. Só o tempo dirá se dará certo ou não.
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