Petrobras (PETR4): riscos políticos aumentam e devem incidir no Ibovespa, diz XP

Esses acontecimentos voltam a elevar o prêmio de risco do Brasil

Os riscos políticos no Brasil aumentaram na última sexta-feira (19) por conta do movimento do governo em cima da Petrobras (PETR4) e, para a gestora, deve haver reflexo no Ibovespa.

“Na sexta feira, a indicação abrupta de uma troca do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, pelo general Joaquim Silva e Luna, foi mais um fato que aumenta a percepção de risco político no Brasil”, destacou o analista Fernando Ferreira, estrategista-chefe e head do Research.

E acrescentou: “nossos analistas Gabriel Franciso Fonseca e Maíra Maldonado estão rebaixando as ações da Petrobras para Venda, de Neutro, pois enxergam a elevação de risco pressionando os múltiplos que a petroleira passará a negociar daqui para frente.”

Para os mercados, disse, a gestora acredita que esses acontecimentos voltam a elevar o prêmio de risco do Brasil, e podem impactar a percepção do país por parte dos investidores estrangeiros, justamente no momento em que o Brasil havia voltado ao radar dos investidores globais.

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Ibovespa

Em se tratando do Ibovespa, ressaltou, a Petrobras sozinha tem uma participação de 9,8% do índice, ficando atrás apenas da Vale, com 12,7%. A queda nas ações da Petrobras, por consequência, terá um impacto direto no índice. “Porém, acreditamos que o impacto possa ir muito além do que apenas as ações da petroleira”, frisou.

Histórico

De acordo com Ferreira, desde o começo do ano vários acontecimentos passaram a indicar um aumento dos riscos de interferência política nas empresas brasileiras, principalmente nas estatais.

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Dentre os principais estão:

  • 1) a quase demissão pelo governo do CEO do Banco do Brasil, André Brandão, após o anúncio do programa de corte de custos;
  • 2) a renúncia do CEO da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, e suas declarações em seguida indicando que a privatização da estatal não estava nos planos;
  • 3) o aumento de ruído na Petrobras em relação a sua política de preços, após altas recentes por conta da depreciação do Real e alta do preço do petróleo.

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