O parlamento da Estônia pediu a criação de uma zona de exclusão aérea na Ucrânia, se tornando o primeiro país da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) a fazê-lo, nesta terça-feira (15). Parte da opinião pública mundial tem defendido a criação de uma ZEA na região, mais conhecida pelo nome em inglês No-fly Zone – a pedido da liderança ucraniana.
Como em qualquer conflito moderno, estabelecer o controle dos céus, a chamada “Supremacia Aérea”, é um dos principais objetivo dos exércitos. Com isso, o país pode operar bombardeios, atacar tropas terrestres e bases com muito mais facilidade, desembarque de tropas – até mesmo atrás das linhas inimigas – e facilitar a chegada de suprimentos.
Em três semanas de guerra, a Rússia ainda não conseguiu estabelecer a supremacia aérea, mas vem ganhando a disputa contra os ucranianos – a Força Aérea russa é maior e mais moderna. Estabelecer uma ZEA evitar que os russos estabeleçam tal supremacia, aumentando drasticamente as chances de uma vitória ucraniana no conflito. O parlamento da Estônia destaca que isso é para “evitar o massacre de civis ucranianos”.
O estabelecimento de uma zona de exclusão aérea, porém, é algo que o ocidente não gostaria de fazer. Para colocá-la em ação, aviões dos exércitos da OTAN teriam que derrubar aviões russos, entrando no conflito do lado dos ucranianos e incorrendo a ira de Vladimir Putin, que possui o maior arsenal de armas nucleares do planeta. Joe Biden, presidente americano, prometeu defender cada centímetro de território dos países da OTAN, mas destacou que não vai iniciar uma terceira guerra mundial por conta da Ucrânia.
Assim como a Ucrânia, a Estônia fazia parte da União Soviética, mas entrou na OTAN em 2004. Fronteiriço dos russos, é um dos três países bálticos, que foram anexados por Joseph Stalin na segunda guerra mundial e permaneceram sob ocupação soviética até a independência no início dos anos 1990 – ao contrário da Ucrânia, que nunca foi considerada como “ocupação soviética”.
Há um medo coletivo nos países bálticos sobre uma possível invasão russa, e parte da população recebeu instruções sobre como se portar em caso de invasão. Os três países, Estônia, Letônia e Lituânia, temem ser os próximos alvos da Rússia, que poderia lutar a guerra usando insurgentes. Para ficar de olho no seu dinheiro, entre nos nossos grupos de WhatsApp e receba notícias do mercado em tempo real, além de materiais, relatórios e outras informações que vão te ajudar a investir melhor e guardar mais dinheiro.
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