O Bradesco (BBDC4) publicou seu resultado financeiro referente ao quarto trimestre de 2022 na noite desta quinta-feira (09).
No 4T22, o banco entregou resultado líquido de R$1,6 bilhão (-69% t/t e -76% a/a).
Com o provisionamento de 100% da dívida de Americanas – em Recuperação Judicial – de R$ 4,8 bilhões (R$ 2,7 bilhões líquido de imposto) no 4T22. O ROE foi de 4,1%, queda substancial de -69,5% trimestre a trimestre e -75,9% ao ano.
Segundo o banco, 100% do valor dívida foi provisionado e, caso não houvesse o provisionamento, o resultado líquido do banco teria sido de R$4,6 bilhão, com um ROE ainda fraco de 10,9%.
Operacionalmente, a companhia entregou crescimento de 22% a/a na margem com clientes, ampliando o saldo em R$1,4 bilhão t/t, enquanto viu crescimento de 0,7 p.p. a/a na sua taxa média. Apesar da melhora, o aumento expressivo das provisões acarretou uma taxa liquida de 1,4%, sendo impactada pelo pior mix de produtos e pelo aumento das despesas com PDD.
A inadimplência do banco foi de 4,3%, acima do registrado nos períodos anteriores, motivada pela maior exposição a crédito Pessoa Física e Pequenas Empresas.
Segundo executivos do banco no podcast de resultado do 4T22, o banco estima que atinjam o pico de inadimplência no segundo trimestre deste ano.
Sob uma ótica de rating, a companhia ampliou a exposição de sua carteira para clientes classificados como E até H (8,1% no 4T22 de 7,2% no 3T22) e diminuíram a exposição para clientes AA até C (de 90,4% no 3T22 para 89,4% no 4T22).
A Margem com o mercado foi afetada por taxa Selic em nível mais elevado e o banco estima que essa situação se reverta a partir do 2º semestre de 2023.
A receita de prestação de serviços alcançou R$9,2 bilhões no 4T22 (+4,4% a/a), impulsionado por aumento da renda de cartões. Para seguros, foi mais um trimestre forte.
O segmento de vida e previdência entregou lucro líquido recorrente de aproximadamente R$1,1 bilhão.
Vale ressaltar que o guidance dado pela companhia para 2022 foi cumprido em sua maioria. Devido a Americanas, o guidance dado pela companhia para provisões em 2022 foi ultrapassado, alcançando R$32,3 bilhões em 2022.
O banco estima um crescimento de 6,5% a 9,5% para a carteira de crédito, abaixo da expansão registrada em 2022 (+9,8% a/a), enquanto esperar provisões de até R$39,5 bilhões.
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