Investimento no País atinge US$1,9 bi*

Resultado é referente aos mês de junho deste ano

Os investimentos diretos no país – IDP somaram ingressos líquidos de US$1,9 bilhão em junho de 2023, ante US$5,2 bilhões em junho de 2022. Os dados são das Estatísticas do Mercado Externo divulgadas hoje pelo Banco Central do Brasil.

No mês, os ingressos líquidos atingiram US$3,7 bilhões em participação no capital e saídas líquidas de US$1,8 bilhão em operações intercompanhia. O IDP acumulado em 12 meses totalizou US$80,0 bilhões (4,01% do PIB) em junho de 2023, ante US$83,4 bilhões (4,21% do PIB) no mês anterior e US$62,7 bilhões (3,5% do PIB) em junho de 2022.

Transações correntes

O déficit nas transações correntes do balanço de pagamentos ficaram em US$843 milhões em junho de 2023. O resultado chega depois do superávit de US$266 milhões do mesmo mês do ano passado.

O déficit em renda primária aumentou US$2,8 bilhões, também na leitura interanual, que compensado parcialmente por aumento de US$1,3 bilhão no superávit comercial e recuo de US$0,7 bilhão no déficit em serviços.

Para 12 meses, o déficit em transações correntes nos doze meses encerrados em junho de 2023 somou US$50,0 bilhões (2,50% do PIB), ante US$48,9 bilhões (2,47% do PIB) no mês anterior e US$52,6 bilhões (2,94% do PIB) em junho de 2022.

Balança Comercial

A balança comercial de bens registrou superávit de US$8,6 bilhões em junho de 2023, ante saldo positivo de US$7,3 bilhões em junho de 2022. As exportações de bens totalizaram US$30,2 bilhões, redução de 8,7% na comparação interanual. As importações de bens diminuíram 16,1%, na mesma base de comparação, totalizando US$21,6 bilhões.

O déficit na conta de serviços totalizou US$3,5 bilhões em junho de 2023, 16,8% inferior ao déficit de US$4,2 bilhões observado em junho de 2022.

A conta de transportes registrou despesas líquidas de US$1,2 bilhão, recuo de 29,9% na comparação com junho de 2022, influenciada por menores gastos em fretes.

Viagens internacionais

Já as despesas líquidas de viagens internacionais cresceram 12,4% e somaram US$909 milhões, com aumentos de 30,8% (para US$508 milhões) nas receitas e de 18,4% nas despesas (para US$1,4 bilhão). As despesas líquidas com aluguel de equipamentos somaram US$853 milhões, estáveis em comparação a junho de 2022.

Renda primária

O déficit em renda primária somou US$6,2 bilhões em junho de 2023, incremento de 83,5% comparativamente ao déficit de US$3,4 bilhões em junho de 2022. As despesas líquidas de lucros e dividendos, associadas aos investimentos direto e em carteira, totalizaram US$3,8 bilhões, ante US$2,3 bilhões em junho de 2022.

Esse aumento nas despesas líquidas derivou, na comparação interanual, com a redução de US$1,1 bilhão nas receitas de lucros e dividendos, que somou US$1,6 bilhão em junho de 2023.

Em relação às despesas líquidas com juros, a soma foi de US$2,3 bilhões em junho de 2023, US$1,3 bilhão superior ao resultado de junho de 2022, influenciadas por maiores despesas brutas em operações intercompanhia e em outros investimentos, e refletindo elevações das taxas de juros internacionais e do estoque de dívida externa.

Carteira e os investimentos

Os investimentos em carteira no mercado doméstico totalizaram ingressos líquidos de US$4,4 bilhões em junho de 2023, compostos por saídas líquidas de US$36 milhões em ações e fundos de investimento e por ingressos líquidos de US$4,4 bilhões em títulos de dívida. Nos doze meses encerrados em junho de 2023, os investimentos em carteira no mercado doméstico somaram ingressos líquidos de US$13,1 bilhões.

Reservas internacionais

As reservas internacionais totalizaram US$343,6 bilhões em junho de 2023, elevação de US$132 milhões em relação ao mês anterior. Contribuindo para a elevação do estoque de reservas internacionais, houve retorno líquido de US$1,0 bilhão em operações de linhas com recompra, US$619 milhões em receitas de juros, e US$199 milhões em variações por paridades. A contribuição para reduzir o estoque de reservas internacionais decorreu das variações por preços, US$1,9 bilhão.

Revisão ordinária

A Política de Revisão das Estatísticas Econômicas Oficiais, publicada em outubro de 2019 e revisada em junho de 2023, estabelece, dentre outras, revisões ordinárias anuais para o balanço de pagamentos e a posição de investimento internacional (PII) no mês de julho. Neste mês, em virtude da operação padrão dos servidores do Banco Central do Brasil (BCB), não foi possível realizar a revisão do balanço de pagamentos.

Os resultados da pesquisa anual de Capitais Brasileiros no Exterior (CBE), data-base 2022, permitiram a revisão do estoque de ativos da PII do quarto trimestre de 2022, com impactos sobre a posição do primeiro trimestre de 2023.

No quarto trimestre de 2022, os ativos externos passaram de US$946,1 bilhões para US$921,7 bilhões. As principais rubricas alteradas foram a posição de investimento em carteira, que atingiu US$48,3 bilhões, após recuo de US$12,2 bilhões, e o estoque de outros investimentos (depósitos, créditos comerciais e empréstimos, dentre outros) que se situou em US$70,3 bilhões, após redução de US$15,4 bilhões. A posição de Investimento Direto no Exterior (IDE) foi revista de US$474,0 bilhões para US$477,6 bilhões.

Nota sobre os Servidores

Em decorrência da operação padrão dos servidores do BCB, não estão disponíveis as parciais do mercado de câmbio contratado e de contas selecionadas do balanço de pagamentos, referentes a julho de 2023.

*Correção de título

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