O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado hoje pelo IBGE, subiu 0,44% em setembro, mas desacelerou 0,14 ponto percentual (p.p.) em relação a taxa de agosto (0,58%). Foi o menor resultado desde julho de 2020. No acumulado em 12 meses, a taxa é de 13,11%. Em setembro de 2021, o índice foi 0,88%.
Segundo o gerente da pesquisa, Augusto Oliveira, a pesquisa indica que os custos estão em um patamar semelhante ao do período pré-pandemia. “Houve uma trajetória de alta a partir de junho de 2020, passando de 0,14% para 1,94% em dezembro. Em 2022, tivemos um pico em maio (2,17%) até iniciar a desaceleração para os atuais 0,44%. Alguns estados já apresentam deflação, caso de Espírito Santo (-0,11%) e (-0,01%) na Bahia, que pode ser considerado estabilidade”, diz Oliveira.
O custo nacional da construção por metro quadrado, que em agosto foi de R$ 1.661,85, passou em setembro para R$ 1.669,19, sendo R$ 999,96 relativos aos materiais e R$ 669,23 à mão de obra.
O gerente do Sinapi destaca que os materiais, que puxaram as altas nos anos de pandemia, têm sido o balizador da desaceleração em 2022. A parcela dos materiais cresceu 0,53% em setembro, a segunda menor variação mensal do ano, e é 0,16 p.p. inferior ao divulgado no mês anterior (0,69%). Já a parcela da mão de obra cresceu 0,31%, e foi 0,11 p.p. menor em relação ao mês anterior (0,42%), com apenas um acordo coletivo firmado no período.
Em 12 meses, o acumulado foi de 13,99% para materiais e 11,80% para mão de obra, respectivamente.
Região Sul apresenta maior alta
Com acordo coletivo firmado em Santa Catarina, e alta na parcela dos materiais nos três estados, a região Sul ficou com a maior variação regional em setembro, 0,95%. As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 0,52% (Norte), 0,42% (Nordeste), 0,27% (Sudeste), e 0,42% (Centro-Oeste).
Os custos regionais, por metro quadrado, foram: R$ 1.653,98 (Norte); R$ 1.556,52 (Nordeste); R$ 1.737,19 (Sudeste); R$ 1.745,74 (Sul) e R$ 1.683,10 (Centro-Oeste).
Entre os estados, Santa Cataria teve maior alta (2,80%), devido ao aumento alta na parcela de materiais, e ao reajuste observado nas categorias profissionais. “Nos demais estados, 14 tiveram desaceleração, dois deflação e apenas 10 tiveram índices superiores ao do mês anterior”, ressalta Oliveira.
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