IBGE: Setor de serviços avançou 1,7% em março

Alta em 12 meses é de 2,1%

Na passagem de fevereiro para março, volume do setor de serviços cresceu 1,7% e ganho de 2,1% nos últimos dois meses. Com esse resultado, o setor recupera a perda de 1,8% de janeiro, alcança o maior nível desde maio de 2015 e fica 7,2% acima do patamar pré-pandemia. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) e foram divulgados hoje  pelo IBGE.

O resultado positivo foi disseminado por todas as cinco atividades investigadas pela pesquisa, com destaque para os transportes (2,7%), que avançam pelo quinto mês consecutivo. “Dentre os setores que mais influenciaram a alta dessa atividade está o rodoviário de cargas, especialmente o vinculado ao comércio eletrônico e ao agronegócio. É a principal modalidade de transporte de carga pelas cidades brasileiras e seu uso ficou ainda mais acentuado após os meses mais cruciais da pandemia”, explica o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

Com o avanço deste mês, os transportes como um todo estão 18,0% acima do patamar pré-pandemia e atingiram o maior nível da série histórica, iniciada em janeiro de 2011.

Com expansão de 1,7%, os serviços de informação e comunicação recuperaram parte da perda de 4,7% acumulada entre dezembro de 2021 e fevereiro deste ano. O setor exerceu a segunda maior influência sobre o índice geral. “Esse crescimento de março não elimina a perda dos três meses anteriores, mas o setor ainda opera 10,5% acima do patamar pré-pandemia. O que mais impactou o aumento em março foi o crescimento das receitas de empresas de portais, provedores de conteúdo e ferramentas de busca da internet, desenvolvimento e licenciamento de softwares e consultoria em tecnologia da informação”, analisa.

Os setores profissionais, administrativos e complementares (1,5%), prestados às famílias (2,4%) e outros serviços (1,6%) completam a lista dos que cresceram em março. Entre as atividades que influenciaram o crescimento do setor estão restaurantes, hotéis e serviços de bufê. Mesmo com o avanço, os serviços prestados às famílias estão 12,0% abaixo do patamar de fevereiro de 2020.

Na passagem de fevereiro para março, 24 das 27 unidades da Federação acompanharam o movimento de crescimento. Entre elas, os maiores impactos vieram de São Paulo (2,7%), Minas Gerais (6,4%), Distrito Federal (10,3%), Santa Catarina (4,2%), Rio Grande do Sul (2,6%) e Rio de Janeiro (0,8%). A principal influência negativa veio de Mato Grosso (-3,0%).

O gerente da pesquisa explica que o crescimento atual dos serviços se difere daquele observado no momento em que o setor começou a se recuperar das perdas mais intensas da pandemia.

“Em retrospecto, temos uma recuperação mais forte que vai de junho a novembro de 2020 e em seguida um ritmo menor de crescimento que segue até agosto do ano passado, período em que o setor acumulou 9,1%. De setembro até março de 2022, há um ganho acumulado de 3,4%, ou seja, há uma desaceleração ainda maior, devido à base de comparação mais elevada desde o início da recuperação dos serviços”, diz.

Setor acumula ganho de 9,4% no primeiro trimestre

No acumulado no primeiro trimestre do ano, o setor de serviços cresceu 9,4% e quatro das cinco atividades apontaram taxas positivas. Dentre elas o destaque foi o setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (15,5%), que foi impactado principalmente pelo aumento das receitas de empresas atuantes no transporte rodoviário de cargas, no transporte aéreo de passageiros e no rodoviário coletivo de passageiros.

Atividades turísticas crescem 4,5% em março

O índice de atividades turísticas cresceu 4,5% em março, depois da queda acumulada de 0,9% nos dois primeiros meses do ano. Mesmo com o aumento, o segmento de turismo ainda se encontra 6,5% abaixo do patamar pré-pandemia. “O indicador vai na esteira de serviços prestados às famílias e transportes, crescendo também em março muito influenciado pela alta de transportes aéreos, restaurantes, hotéis e serviços de bufê”, diz.

Os 12 locais pesquisados subiram ante fevereiro. Entre eles, os que mais contribuíram para o avanço geral foram São Paulo (7,0%), Bahia (8,0%), Santa Catarina (11,8%) e Rio de Janeiro (2,9%).

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