A Gol (GOLL4) poderá receber proposta de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) esta semana.
Trata-se de um socorro à companhia que foi muito impactada por conta da pandemia do novo coronavírus, com cancelamento de voos e rotas.
Estima-se que a quantia gire em torno de R$ 2 bilhões. O montante ainda está em discussão entre o BNDES e bancos privados que participam do aporte.
Segundo o Estadão, desse total 60% serão garantidos pelo banco de fomento, 10% pelas instituições financeiras privadas e os 30% restantes serão captados em uma oferta pública junto a investidores.
A transação será feita por meio de um título híbrido, formado por papéis de dívida atrelados a bônus conversíveis em ações e foi formatada para ajudar as companhias aéreas, que sofreram o baque da pandemia em suas operações.
Inicialmente, a previsão era de que o socorro chegasse a R$ 3 bilhões por empresa.
GOLL4: proposta à Azul
Conforme o jornal, na noite de domingo a Azul anunciou que recebeu uma proposta final do BNDES.
A principal mudança foi a diluição dos atuais acionistas, que será menor do que previa a proposta inicial do banco de fomento.
Pela estrutura da operação, essa diluição será da ordem de 15% no fim do processo, considerando-se o preço da ação hoje.
Antes, o BNDES tinha proposto uma diluição da ordem de 30%.
GOLL4: custo do financiamento
O custo do financiamento é CDI mais 4% ao ano, mais o bônus de subscrição, que é negociado em Bolsa.
São esses bônus que provocam a diluição. Agora, a Azul precisa estruturar a operação junto aos bancos, para poder, assim, levar os papéis ao mercado e executar a transação.
As diretorias da Gol e da Azul já vinham trabalhando sobre uma proposta preliminar do BNDES há algumas semanas.
A novidade agora é que o banco, pela primeira vez, entregou uma proposta formal vinculante a uma das aéreas.
Os debates com a Gol estão em fase preliminar. A estimativa, contudo, é que essa proposta formal chegue ainda nesta semana para a segunda companhia. O trabalho é nesse sentido.
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