Os Estados Unidos devem banir a importação de petróleo russo essa semana por conta da guerra na Ucrânia – o banimento ainda depende de uma votação no congresso. Para suprir este problema, o país está se aproximando de outro adversário histórico, a Venezuela, comandada por Nicolás Maduro. De acordo com a mídia americana, o governo Biden enviou uma delegação para conversar com o presidente venezuelano.
Em uma situação atípica, a Venezuela ostenta a maior reserva de petróleo do mundo, mas vê a produção despencar ao longo dos anos – já foi mais de 3,5 milhões de barris por dia, mas hoje não bate 800 mil barris diários. Isso com a PDVSA inchada, com um número elevadíssimo de funcionários frente à média histórica. Populista, a Venezuela tem preços de gasolina praticamente gratuitos, mas o combustível falta nos postos normalmente.
Sem a matéria-prima para o refino, a Venezuela exporta o petróleo bruto e importa os derivados de Irã e Rússia, pagando caro por isso e praticamente apagando os ganhos com a commodity. Em uma época de distorção de preços, isso gera um grande prejuízo para o país – quando o petróleo esteve em patamares historicamente baixos, a crise venezuelana se acentuou e só melhorou um pouco por conta da recuperação do preço do commodity. A situação, porém, é crítica – e são russos e chineses que mantém o regime de Maduro de pé.
Agora, a ideia americana é se aproximar para, enfim, garantir uma situação ganha-ganha para o regime venezuelano. Os Estados Unidos retiram sanções, passam a importar o petróleo venezuelano pesadamente e colaboram para o desenvolvimento do país e do setor, enquanto os venezuelanos conseguem escoar sua produção e pagam mais barato nos derivados. Além disso, os EUA tiram da Rússia seu maior aliado nas Américas, estreitando laços com a Venezuela.
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