Ucrânia aceita uma das exigências russas, mas nega a outra

Reunião começou 11h20, horário de Brasília, em Belarus, outra conversa já foi agendada

Uma reunião ocorreu entre russos e ucranianos nesta segunda-feira (7), iniciando às 16h20 de Kiev, 11h20 de Brasília e terminando três horas depois, para por fim à guerra. Os russos já falaram quais eram suas duas condições para o fim da guerra: Ucrânia fora da OTAN e União Europeia, reconhecimento da Crimeia como parte da Rússia e independência de Donetsk e Luhansk. Os ucranianos aceitam a primeira exigência, mas não abrem mão da segunda, gerando um impasse.

A reunião, que acontece em Belarus, começou com 20 minutos de atraso, de acordo com a TASS, agência de notícias russa. Um dos negociadores ucranianos, David Arakhamia, disse que, das duas exigências, aceitam discutir modelos em que a Ucrânia permanece fora da OTAN – destaca que a entrada dos ucranianos não seria nem para os próximos dez anos, mas aceitam a neutralidade em troca de um compromisso entre Estados Unidos, Rússia, China, Alemanha e França de manutenção do status quo – a Ucrânia exige que tal acordo seja multilateral, não apenas entre eles e os russos.

Contudo, não aceitam a independência das regiões separatistas e nem a transferência da Crimeia para Rússia, que seria a segunda condição russa – a Crimeia já está integrada à Rússia desde 2014 e tem maioria de população russa, enquanto Donetsk e Luhansk estão em guerra civil também desde 2014 e suas populações também falam russo e se sentem russos – inclusive, um grande número de moradores da região fugiu da Ucrânia e foi em direção à Rússia para evitar a guerra que se estende por oito anos. Diplomatas de ambos os governos deverão se encontrar nos próximos dias na Turquia, cujo governo é próximo de ambos países, para discutir o fim definitivo da guerra.

Atualização: de acordo com os negociadores ucranianos, avanços foram feitos para a formação de corredores humanitários, enquanto os russos alegam que as conversas não atingiram as expectativas. Ambos os países devem manter conversas nos próximos dias para chegar a um denominador comum, para ao menos conseguir um cessar-fogo nesta semana.

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