Economia brasileira cresce 4,6%, mas fica abaixo do nível pré-crise da Dilma

Efeitos da pandemia já foram recuperados, ao menos no número "cheio", mas o total ainda está abaixo de 2014

O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro teve alta de 0,5% no quarto trimestre do ano passado, fazendo com que o crescimento de 2021 ficasse em 4,6% – informou o IBGE nesta sexta-feira (4). Com isso, os números da economia brasileira ficam dentro do esperado pelo mercado, que previa alta exata de 4,6% para o ano passado, de acordo com dados consolidados pela Bloomberg.

O PIB totalizou R$ 8,7 trilhões e recuperou o patamar pré-pandemia. Em 2020, a economia teve queda de 3,9%, mas o PIB atual supera em 0,5% o quarto trimestre de 2019 – último número antes da pandemia. Contudo, ainda está  2,8% abaixo do primeiro trimestre de 2014, que foi o maior PIB já registrado na série histórica mantida pelo IBGE – ou seja, o Brasil ainda está para se recuperar da crise da década passada, iniciada no governo Dilma Rousseff (PT), e que foi o pior momento da economia republicana brasileira.

O PIB foi puxado pela alta nos serviços, de 4,7% e da indústria, em 4,5%. A agropecuária, que vinha segurando o PIB brasileiro na última década, teve leve queda de 0,2% em 2021 – fruto da estiagem prolongada e de geadas. A soja, nosso principal produto, teve alta de 11% na produção, mas outras commodities agrícolas tiveram queda, como, por exemplo, o milho e o café, com recuos de 15% e 21,1%, respectivamente.

A atividade de eletricidade, gás, água, esgoto e gestão de resíduos também teve queda, de 0,1%, impactada negativamente pela crise hídrica do ano passado. O consumo das famílias teve alta de 3,6% e o do governo alta de 2,0%. Os investimentos, medidos pela formação bruta de capital fixo, avançaram 17,2%, enquanto a balança de bens e serviços teve alta de 12,4% nas importações e de 5,8% nas exportações.

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