Dividendos são boas opções com rendimento a longo prazo, diz especialista

Dividendos são boas opções com rendimento a longo prazo, diz especialista

Os dividendos costumam ser boas opções para quem busca rendimentos em longo prazo. A afirmação é do sócio e assessor de investimentos da iHUB, Daniel Funabashi.

Ele explica que o Yield ultrapassa 4% transformando o veículo de investimento em um produto bastante atrativo no mercado.

“O rendimento dos dividendos continua sendo algo positivo em 2020, mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus, que ocasionou uma volatilidade no mercado financeiro”, disse.

Para o especialista, mesmo com a queda da bolsa de valores, há empresas que estão com o Yield (rendimento ou lucro) acima de 4%.

Apesar de haver uma redução expressiva nos dividendos durante momentos de crise, o pagamento deles pode dar liquidez para que o investidor possa comprar ações a preços mais convidativos.

Durante o auge da crise, diversas ações estavam sendo negociadas abaixo do valor patrimonial, que representa um bom indicador de preço baixo.

Dividendos são boas opções com rendimento a longo prazo, diz especialista

Lista

Entre janeiro e agosto, as empresas que pagaram os melhores rendimentos, conforme a XP Investimentos, foram:

Dividendos são boas opções com rendimento a longo prazo, diz especialista

Estratégias para montar carteira

De acordo com o especialista, existem empresas que são conhecidas por serem boas pagadoras de dividendos, como Itaúsa (ITSA4), Taesa (TAEE11) e Companhia Energética de Minas Gerais (CMIG4).

“Deter o conhecimento sobre os tipos de empresas é um bom ponto de partida, porém, para uma boa carteira de ações, a diversificação é essencial para mitigar os riscos. Apenas buscar ações mais óbvias não basta.”

O investidor precisa analisar bem as empresas, para investir em companhias sólidas, com bom histórico e boas perspectivas de futuro.

“Além dos índices que apontam que a empresa tem uma boa saúde financeira, para o investidor que tem foco em dividendos, um indicador muito importante é o Dividend Yield, que mede o percentual que os dividendos correspondem do preço da ação”, disse.

Para exemplificar esse cenário, Funabashi explicou que uma ação que custa R$ 10, paga um dividendo anual de 0,50, e o  Dividend Yield é de 5%. Esse indicador ajuda o investidor a comparar a rentabilidade dos dividendos de diferentes empresas.

Finanças e independência

Existem diversas estratégias para se alcançar a tão desejada independência financeira. Investir em empresas pagadoras de dividendos é uma das mais testadas e comprovadas.

“É importante frisar que esse tipo de investimento exige dedicação com a análise periódica das empresas na carteira, e muita disciplina, para reinvestir os dividendos e manter os aportes constantes. Contudo, é um tipo de rotina que compensa em longo prazo”, frisou.

Para quem não tem esse interesse por analisar os fundamentos ou não quer ter que ficar monitorando as empresas que compõem a carteira, existem fundos de ações com foco em pagadoras de dividendos, que podem ser tão ou até mais rentáveis do que a carteira de um investidor individual.

Hora dos dividendos

“Nos últimos meses, apesar de um aumento expressivo no número de investidores na bolsa, eles estão buscando empresas com grande potencial de valorização no curto prazo, o que vai no sentido oposto da filosofia de investimento em ações que são boas pagadoras de dividendos, que costumam ser menos voláteis”, comentou.

Entretanto, é importante frisar que investimentos em bolsa de valores são para o longo-prazo e investir em boas empresas pagadoras de dividendos é uma das estratégias mais vencedoras, pois na fase de acumulação, os dividendos ajudam a turbinar o crescimento e, na fase de aposentadoria, os dividendos servem de renda para o investidor.

“Para os iniciantes, é possível começar a investir com pouco nos dividendos. Com menos de R$ 10 já dá para comprar uma ação da ITAÚSA. O importante é ter disciplina, para fazer aportes constantes e ir crescendo o bolo.”

Além disso, é essencial reinvestir os dividendos, pois a diferença entre reinvestir e não reinvestir os dividendos é imensa no longo prazo. “Se duas pessoas tivessem investido R$ 100 em ações da ITAÚSA em 1995, uma delas reinvestindo os dividendos e a outra não, a primeira teria juntado por volta de R$ 18 mil até o final de 2019, enquanto a segunda teria por volta de R$ 5 mil”, complementou.

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