Existe uma razão muito clara para que todos os comunicados ao mercado sejam realizados antes ou após o fechamento do pregão: informações sensíveis podem mexer fortemente no preço das ações, e se isso acontece durante o dia, beneficia alguns, prejudica outros e pode causar uma confusão dentro de gestoras, corretoras e bancos. É necessário tempo para ler, compreender e analisar cada notícia divulgada a respeito das empresas listadas em bolsa.
Não foi o que aconteceu ontem, quarta-feira (23). Durante o leilão de fechamento, as units de Sul América Seguros (SULA11) e Rede D’Or (RDOR3) dispararam: SULA11 subiu 25,16% e RDOR3 teve ganhos de 8,82%, com os saltos ocorrendo durante o leilão: 27,33% para SULA11 e 10,21% para RDOR3. Até então, ambas as ações operavam em queda e viraram. O motivo disso? O vazamento da operação, que deveria ser anunciada depois do fechamento, mas foi publicada 18h na coluna do Lauro Jardim, no jornal O Globo.
A operação é uma incorporação da Sul América por parte da Rede D’Or, com o fim da empresa de seguros, com os acionistas da primeira empresa recebendo novas ações RDOR3 em substituição às ações ordinárias ou preferenciais que eles tinham anteriormente, totalizando 13,5% da Rede D’Or no fim da operação. Assim, a Rede D’or assume o controle de todas as controladas da Sul América, dentro de saúde, odontologia, seguros de vida e previdência.
Nesta quinta, as units da Sul América abriram em forte alta, mas foram caindo conforme o pessimismo venceu no mercado por conta da guerra na Ucrânia (veja vídeos do conflito) – mesmo assim, continuam operando em alta de 10,57%, atingindo R$ 34,21 por volta de 12h. Já os papéis RDOR3 caem 9,93%, para R$ 50 – apagando todos os ganhos do leilão da véspera.
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