Com guerra na Ucrânia e possível avanço chinês, dólar pula 15 centavos

Moeda americana pulou de R$ 5 para R$ 5,15 por conta de conflito no leste europeu

Um dos “porto seguros” do investidor, o dólar tem forte alta nesta quinta-feira (24), batendo os R$ 5,15 durante a manhã, uma alta de R$ 0,15 frente os R$ 5,00 de ontem. A moeda reflete os temores a respeito do conflito no Leste Europeu, após a Rússia invadir a Ucrânia na madrugada (veja vídeos do conflito). O conflito jogou temores no mercado, fazendo índice do medo disparar e o Bitcoin despencar. O petróleo subiu forte também – e outras commodities também deverão ser afetadas.

Russos já tomaram posições no leste, nordeste, sudeste e norte ucraniano – praticamente toda a fronteira entre Rússia, Ucrânia e Belarus, esta última uma forte aliada de Vladimir Putin. Há relatos de conflitos em cidades como Mariopol, Kharkiv e também próximo de Kiev, a capital. O governo ucraniano afirma que a área de exclusão de Chernobyl foi tomada pelos russos e teme que conflitos naquela área possam expor material radioativo.

Para piorar, Taiwan elevou seu grau de segurança, com temores de que os chineses usem o momento para tomar a ilha – aeronaves militares chinesas foram vistas sobrevoando território taiwanês. O governo de Taiwan ainda reivindica todo o território chinês – ele é a continuação do governo da China nacionalista, que perdeu a guerra civil chinesa em 1949 -, assim como o governo da própria China comunista, que destaca que “Taiwan é parte inalienável do território chinês”, alertando que qualquer atitude taiwanesa de “independência” (ou seja, abandonar a reinvindicação ao território chinês) terá retaliação.

Com todos os temores no mercado, a moeda sobe 2,80% para R$ 5,14 às 15h da quinta. A moeda americana sobe em momentos de tensão no mercado, conforme investidores procuram dólares por segurança – como são emitidas pelo governo americano e aceitas virtualmente em quase todo o mundo, são tidas como seguras. Muitos investidores saem de suas posições compradas em regiões mais inseguras do mundo, como países em desenvolvimento. O ouro também tem esse comportamento.

O Brasil tem sido um grande polo de atração de dólares no começo deste ano, tanto pela alta dos preços de commodities como minério de ferro, petróleo e soja – que exportamos – quanto pelo forte fluxo de dinheiro estrangeiro entrando na B3. Se a ideia dos investidores é “fugir do risco”, não faz sentido aportarem dinheiro em um país instável economicamente como o Brasil , muito embora existe a tese de “fuga ao Brasil” no mercado financeiro, justamente por conta da alta de commodities que deve beneficiar a economia brasileira este ano. Ponto importante é que a Selic está em 10,75% ao ano, enquanto os juros nos Estados Unidos está próximo de zero.

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