O Brasil virou a 9ª economia mundial, mas o “custo país” impede de galgar novos espaços, afirma o economista Volnei Eyng, CEO da Multiplike. “Nosso país acaba sendo travado pelo custo Brasil, ou seja, as taxas de juros são altas e isso diminui a estabilidade econômica das empresas, bem como facilita o crescimento da inadimplência e traz insegurança jurídica”, afirma.
“Vale lembrar que Índia e China são dois países emergentes cuja população é muito maior. Como o PIB é medido nominalmente, dificilmente o Brasil conseguirá desbancar essas nações”, destaca. Isso porque, segundo ele, entre o oitavo colocado e o décimo segundo, o PIB em dólar é muito próximo, então, a desvalorização cambial pode alterar a posição dos países facilmente, fazendo o Brasil escalar.
“Além disso, o crescimento do PIB do Brasil em 2022 foi acima de 3% e a expectativa é que fique em 3% em 2023. Então, um crescimento de PIB de 6% nos últimos dois anos e com variação cambial positiva ao final do ano acabou dando esse ‘up grade’ no nosso país, que subiu duas posições no ranking”, aponta.
E diz mais: “fica fácil para o Brasil alcançar a oitava posição se implementar pequenas reformas, bem como crescer de forma consistente e resiliente.”
O ranking
O Brasil avança duas posições e se estabelece como a nona maior economia global em 2023, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). O Produto Interno Bruto (PIB) nominal do país para este ano é estimado em US$ 2,13 trilhões, refletindo um crescimento projetado de 3,1%, conforme anunciado pelo FMI recentemente.
Em comparação com o ano anterior, o Brasil subiu da 11ª para a nona posição no ranking econômico global. O FMI sugere que até 2026, o país pode progredir ainda mais, alcançando o oitavo lugar, com um PIB estimado em US$ 2,476 trilhões.
Essas projeções foram divulgadas no relatório Perspectiva Econômica Mundial em outubro. Naquela época, o FMI ajustou sua estimativa de crescimento para o PIB brasileiro em 2023 para 3,1%, superando a previsão anterior de 2,1%.
O top 3
As três maiores economias globais em 2023, de acordo com o FMI, continuam sendo os Estados Unidos, a China e a Alemanha. A instituição aponta uma desaceleração econômica global neste ano, com um crescimento estimado de 3%, em comparação com os 3,5% registrados em 2022. Para 2024, prevê-se uma expansão global de 2,9%.
Em relação ao Brasil, o FMI projeta um crescimento de 1,5% no próximo ano, uma estimativa que difere das previsões de outras entidades. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sugere uma expansão de 1,8% para a economia brasileira em 2024, enquanto o Ministério da Fazenda estima um crescimento de 2,2%.
O top 10
O ranking das 10 maiores economias do mundo em 2023, segundo as projeções do FMI, é liderado pelos EUA, seguidos pela China, Alemanha, Japão, Índia, Reino Unido, França, Itália, Brasil e Canadá.
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