Jair Bolsonaro defendeu o fim da política de preços atual da Petrobras (PETR3; PETR4), em entrevista em rádio nesta segunda-feira (7). Para ele, a atual política de preços dolarizada é “um erro” e prometeu buscar uma solução, citando que a disparada de preço do petróleo por conta da guerra entre Ucrânia e Rússia não era algo bom – já alertamos que a alta da commodity não era, necessariamente, algo bom para a Petrobras.
Com a mudança de lado de Bolsonaro, os três principais candidatos para a disputa presidencial deste ano agora querem uma mudança na política de preços – Lula, líder das pesquisas, disse que voltará à política de preços anterior, que quase quebrou a Petrobras no governo Dilma, enquanto Ciro Gomes defende preços em reais que levem em conta uma “natural rentabilização do ativo imobolizado”. O candidato mais bem posicionado defendendo a atual política de preços é Sérgio Moro, que tem tido resultados cada vez piores nas pesquisas de intenção de voto.
O atual presidente prometeu uma “solução” para a questão – e uma reunião está marcada para a terça-feira entre a empresa e o ministro da Economia, Paulo Guedes, para discutir um possível subsídio para a gasolina usando o lucro da estatal que é distribuído para a União. Por conta da política alinhada aos preços internacionais e os bons números com baixos custos no Pré-Sal, a Petrobras é lucrativa como nunca – mas não produz e não refina o suficiente para abastecer todo o mercado interno, o que faz com que ela tenha diversos custos também dolarizados. A companhia está há 52 dias sem reajuste de preços, o que fez com que os importadores privados de combustível parassem.
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