A Oi (OIBR3 e OIBR4) notificou a aprovação, sem restrições, do Cade (Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência) referente à operação de alienação parcial da UPI InfraCo.
De acordo com o comunicado, a começar desta segunda-feira (18), a decisão será definitiva em 15 dias corridos se não houver recurso de terceiros.
Além disso, foi informado que o fim da operação está sujeito à aprovação prévia da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Assim como, o cumprimento de condições precedentes.
Venda da InfraCo
No início de outubro, a venda da unidade de fibra óptica da Oi aos fundos do BTG Pactual e da Globenet Cabos Submarinos foi concluída, somando um valor de R$ 12,9 bilhões.
O contrato da primeira parcela está previsto em um quantia de R$ 3,3 bilhões, e a segunda, R$ 6,5 bilhões. Por outro lado, as parcelas finais somam R$ 1,6 bilhão, juntamente com um aporte de R$ 1,5 bilhão.
Em seguida, os investidores receberão ações representativas de 57,9% do capital social votante e o total da InfraCo, que pertence à Oi e as suas afiliadas.
Fim de ciclo
Atualmente, a Oi é a segunda empresa de telecomunicações que opera na Bolsa de Valores (B3) com mais acionistas, perdendo apenas para a Vivo (VIVT3), com 1,3 milhões de investidores. Por essa razão, muita gente acompanha a reestruturação da companhia.
Desse modo, o ciclo está chegando ao fim, com o plano de recuperação da operadora que envolve a venda da telefonia móvel. Assim como, o investimento em fibra óptica para expandir sua influência no segmento de banda larga.
Por fim, a empresa visa buscar a melhor solução para a telefonia fixa de cobre, um serviço de herança da concessão de serviços da época das privatizações.
Próximos passos
Com isso, é possível analisar e fazer algumas previsões referente ao futuro da empresa. No entanto, somente o desenrolar de tudo poderá trazer, efetivamente, as respostas. A “Nova Oi” se propõe a ser diferente da antiga e muitos investidores depositam esperanças em sua volta por cima.
Em suma, a Oi visualiza sua recuperação até 2024, com foco total na fibra óptica. Portanto, a companhia estima um crescimento anual médio de 31%, além de uma receita líquida entre R$ 14,8 bilhões e R$ 15,5 bilhões neste período.
Sendo assim, o propósito da empresa é alcançar um total de 8 milhões de moradias com sua rede de fibra até o fim do plano. No primeiro trimestre deste ano, por exemplo, a companhia registrou 2,5 milhões de domicílios.