Diante da instabilidade econômica e um cenário de incertezas no Brasil, os investidores levam ainda mais em consideração os investimentos no exterior. Entre eles, uma alternativa bastante utilizada são os BDRs (Brazilian Depositary Receipt).
Em suma, os BDRs possibilitam que empresas estrangeiras captem dinheiro no Brasil, e que os brasileiros tenham acesso às ações de grandes companhias. Bem como, Tesla, Apple, Microsoft, entre outras.
No entanto, existem investidores que ainda não sabem o que é necessário para acessar as bolsas internacionais, se é preciso ter uma conta no exterior, entre outras dúvidas comuns.
Sabendo disso, Ale Boiani, CEO e gestora do escritório de investimentos e planejamento financeiro 360iGroup, que atua na área há mais de 20 anos, resolveu desmistificar o tema ‘acesso à investimentos fora do Brasil’.
https://www.youtube.com/watch?v=DxdoLsFApAE
Cultura dos brasileiros
Diversificar os ativos em diferentes países é sempre uma ótima alternativa para a carteira. Nos Estados Unidos e Europa, por exemplo, mais de 30% dos investimentos se encontram no mercado externo.
No entanto, Brasil e Portugal são os dois países que menos investem fora de seu território, algo que indica uma herança cultural.
Ainda que o comportamento de consumo seja muito voltado ao mercado externo, no momento de investir, as pessoas não pensam dessa maneira. Afinal, o brasileiro tira férias na Disney, possui iPhone de última geração, usa Uber, assiste Netflix e acaba mantendo os investimentos no Brasil.
Novos investidores no exterior
Por outro lado, este aspecto começou a mudar, principalmente porque os gestores de fundos de ações e multimercado têm diversificado suas carteiras em papéis estrangeiros. Além de oferecer rentabilidade, as carteiras com exposição no mercado internacional possuem menos volatilidade.
Nesse sentido, os brasileiros têm mostrado interesse pelos BDRs, onde as empresas estrangeiras conquistam capital no Brasil. Logo, este investimento se assemelha ao ato de comprar um fundo de ações.
Como funcionam os BDRs?
Desse modo, é preciso da colaboração de duas instituições para gerar BDRs: uma custodiante no país de origem e uma emitindo o ativo por aqui. No entanto, ambas devem ser regulamentadas em seus próprios países, e o ativo é comercializado pela B3.
Portanto, o cliente deve ter um perfil de investidor agressivo. Em razão das variações que já ocorrem na renda variável, terá também a variação cambial. Isso porque a realização do investimento ocorre em reais.
No Brasil, há uma série de grandes gestores com fundos de ações BDRs, que proporcionam ao investidor a tranquilidade de ter uma equipe especializada, realizando as melhores escolhas de investimento com um acompanhamento constante.
Nos fundos de BDRs, por sua maioria, o investidor deve ser considerado qualificado. Isto é, deter R$ 1 milhão de investimento em valores mobiliários e assinar uma declaração atestando esta qualificação.
Comentários estão fechados.