Os fundos de investimentos costumam ser ótimas alternativas aos que desejam entrar no mercado financeiro. Visto que, apresentam uma série de vantagens, assim como, o poder de escolha de um gestor de confiança para administrar o processo de compra e venda dos ativos.
De acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), realizada em outubro, o patrimônio líquido dos fundos de renda fixa com investimento no exterior era de R$ 3,7 bilhões. Isto é, 381% maior do que em outubro do ano passado.
Já nos fundos multimercados com investimento no exterior, o aporte alcançou R$ 532,5 bilhões ainda em outubro. Ou seja, um crescimento de 25% frente ao ano passado. Logo, nos fundos de ações com investimento no exterior, o patrimônio atingiu R$ 86 milhões, uma alta de 9% na comparação anual.
Sendo assim, Laura Bartelle, especialista em investimentos e sócia da 051 Capital, listou 4 dicas sobre quais cuidados ter ao escolher o melhor fundo de investimento.
1 – Verificar a lâmina do fundo
Em primeiro lugar, o investidor deve acessar o site da gestora selecionada e procurar pela lâmina. Essa parte indica uma série de informações importantes sobre a empresa. como o tempo de atuação da casa e do gestor do fundo. Além disso, apresenta a rentabilidade dos últimos anos, composição da carteira e nível de risco do fundo.
Desse modo, Laura recomenda que se verifique a variação mês a mês e ano a ano, as maiores oscilações, a volatilidade em comparação com o benchmark e índice de referência usado para avaliar o desempenho de uma aplicação.
Através da lâmina, as gestoras devem informar como foi o desempenho do fundo em diferentes ciclos do mercado, se houve consistência e recuperação em crises.
2 – Estudar o gestor
Ter conhecimento sobre o histórico do gestor do fundo é fundamental. Portanto, o investidor deve se informar sobre o que o especialista fazia antes de assumir esse fundo, quais outros geriu, entre outros aspectos.
Além disso, Laura Bartelle recomenda que a pessoa analise as lâminas dos fundos em que o gestor atuou. Logo, não basta apenas estudar apenas a gestora atual.
3 – Definir o perfil de investidor
Nesse sentido, um aspecto fundamental para iniciar os investimentos em fundos é compreender o perfil de investidor, seja conservador, moderado ou arrojado.
Além disso, outras questões que devem ser levadas em conta são: o principal objetivo do investimento, podendo ser de longo ou curto prazo, e o tipo de fundo que será investido.
Sendo assim, caso a pessoa se enquadre em um perfil mais conservador e avesso a riscos, o mais indicado é apostar em um fundo de renda fixa. Em contrapartida, se o investidor está disposto a aplicar de forma mais arriscada, vale partir para o fundo de ações ou multimercado.
4 – Investir sempre, sem pressa e sem pausa
“É importante compreender que investir consiste em um processo. Como tudo na vida, leva um tempo. Dado que o mercado é ascendente no longo prazo, sempre é o melhor momento para começar a investir”, indica a especialista.
No entanto, sem pressa, visto que o país pode enfrentar uma crise a qualquer momento, e quando isso ocorre, é o pior cenário para resgatar os investimentos.
Por outro lado, o investidor não deve ter pressa, uma vez que em fases de crises as ações despencam. Logo, geram novas oportunidades para comprar bons negócios a preços mais atrativos.