A BRF (BRFS3), companhia multinacional brasileira do setor alimentício, divulgou hoje (7) que irá investir na startup israelense Aleph Farms. Assim, com o propósito de dar continuidade ao plano de expandir o segmento dos substitutos de carnes em 2024.
O investimento anunciado é em torno de US$ 2,5 milhões. Posto que, o objetivo é desenvolver proteína dentro do laboratório a partir das células animais.
Para garantir o uso da tecnologia da Aleph Farms, a BRF realizou o investimento em forma de venture capital. Ao contrário dos outros investimentos e parcerias da companhia.
Parceria BRF e Aleph Farms
O vice-presidente de Novos Negócios da BRF, Marcel Sacco, pontuou que o propósito da empresa é construir uma alimentação sustentável e saudável. Portanto, visualiza essa tecnologia como um caminho.
Segundo Sacco, o acordo firmado em março deste ano é um passo fundamental para a composição de proteínas alternativas da BRF. Além disso, o Brasil tem um grande potencial de consumo. Ainda assim, haverá um projeto para impulsionar o engajamento neste setor.
Este acordo faz parte da segunda rodada de captação de investimentos da Aleph, que entre inúmeras companhias, conseguiu captar em torno de US$105 milhões.
Quanto aos recursos a partir do acordo, devem ser utilizados para executar planos de comercialização em larga escala global das carnes cultivadas.
Processo de cultivação das carnes
Em primeiro lugar, para a produção das carnes em laboratório é necessário alcançar células de altíssima qualidade de animais, contudo sem abate.
Em suma, a fim de proporcionar os devidos nutrientes e desenvolver um ambiente ideal, as células são cultivadas separadas do corpo animal.
Este processo ainda se encontra em fase de testes, mas a previsão é que esteja nos mercados brasileiros em forma de hambúrguer, almôndegas, salsichas ou steaks.
“Estudos realizados com base na metodologia de Análise do Ciclo de Vida apontam que a produção de carne cultivada tem potencial para reduzir significativamente a emissão de gases do evento estufa. Além de diminuir o uso de terras para criação de animais em mais de 90% e o uso de água em até 50%.” afirma Sacco.