Aprenda a identificar os melhores IPOs para investir bem. As Ofertas Públicas Inicial de Ações para o primeiro semestre do ano tiveram que adiar os planos após a crise do coronavírus atingir em cheio a Bolsa.
Segundo o Estadão, as incertezas econômicas, principalmente entre março e maio, instigaram uma maior busca por proteção em aplicações como o ouro e o dólar, obrigando as companhias a esperar um momento mais oportuno para abrir capital.
Agora, diz o jornal, com o impacto da pandemia precificado e o Ibovespa de volta aos 100 mil pontos, algumas empresas já realizaram seus IPOs, como a d1000 e a Quero-Quero, e outras tantas aguardam análise da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Há pelo menos 29 ofertas na fila.
Na fila do IPO
Levantamento do Estadão indica que há entre as interessadas em abrir capital as chamadas ‘subsidiárias’ – que são controladas por outra companhia que já tem ações na Bolsa.
Especialista consultado pelo jornal lembra que uma das empresas nessa categoria é a Compass, que é o braço de gás natural do grupo de energia Cosan (CSAN3).
Os papéis da Cosan estão negociados a R$ 84,30 e já sobem 21,58% no ano. Apesar do bom desempenho, a companhia apresentou prejuízo de R$ 174,4 milhões no segundo trimestre de 2020.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 58,2%, para R$ 590,8 milhões.
O especialista também destacou que há grande de pedido de empresas ligadas à construção civil, o que reflete o interesse do investidor pelo segmento, a exemplo da Melnick Even e Cury Construtora.
A Melnick Even é subsidiária da Even (EVEN3), que atua em Porto Alegre em imóveis de alto padrão, e a Cury Construtora é um braço da Cyrela (CYRE3), incorporadora e construtora.
O lucro líquido da Even subiu 21,6% no segundo trimestre de 2020 em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 26,8 milhões, e as ações estão sendo negociadas a R$ 13,34.
A Cyrela, por sua vez, registrou lucro líquido de 67,8 milhões, com queda de 40% na comparação com o mesmo período de 2019.
O segmento do varejo também está na fila do IPO.
De acordo com os especialistas, para investir é preciso estar bem informado. Uma dica é olhar o objetivo da abertura de capital no prospecto. Se for para reestruturar passivos (cobrir dívidas) ou oferecer saída a controladores, o investidor deve ficar atento.
O prospecto
O prospecto é a documentação em que todos os detalhes sobre o negócio ficam registrados. É por meio desse arquivo que o investidor conseguirá identificar a finalidade daquele IPO, assim como a estimativa de preço para os papéis e o número de ações emitidas.
Um bom sinal quando se trata desse tipo de oferta, é quando a companhia pretende investir os recursos captados em expansão, como comprar novas máquinas ou adquirir lojas em outros estados.
Mesmo assim, é importante que o acionista saiba que existem riscos envolvidos.
Outra informação importante para não cair em ciladas, diz o jornal, é identificar quais são os grupos que estão por trás da companhia que vai realizar o IPO.
Inclusive, observando se as práticas de governança estão em consonância com as questões ESG – fatores que medem a sustentabilidade e impacto social de um investimento em empresas.
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