O Safra lança nesta semana o banco digital AgZero, que marca a entrada da instituição financeira no segmento de varejo. Este é o passo mais ambicioso no processo de diversificação dos negócios que a família Safra vem conduzindo nos últimos anos.
Segundo o Valor, o novo banco nasce sem canais físicos de atendimento e baseado no autosserviço – o conceito de “agência zero” foi, inclusive, o que deu origem ao nome. Não haverá cobrança de tarifas nem exigência de comprovação de renda dos clientes, numa tentativa de alcançar um público amplo.
“O AgZero representa a entrada definitiva do Safra, de forma bem completa, em banco digital de varejo”, afirma Paula Mazanék, chefe da área digital de pessoa física do Safra, em entrevista ao Valor. “Agora, estamos preparados para um passo mais ousado e queremos ser um competidor importante no varejo.”
Varejo
Entrar no varejo era um desejo acalentado há anos pelo Safra, oitavo maior banco do país em ativos. Tradicional no atendimento a empresas e à clientela de alta renda, especialmente em grandes fortunas, a instituição via no segmento de pessoas físicas a peça que faltava em sua estrutura.
No entanto, por muito tempo dar esse passo seria mesmo uma grande ousadia – o mercado brasileiro é concentrado em poucos nomes e, até recentemente, demandava a montagem de uma rede com milhares de agências.
Com o avanço da digitalização nos serviços bancários, o plano começou enfim a fazer sentido, e a pandemia até ajudou. “A gente vem se preparando há mais tempo, mas este momento é muito positivo para entrar num mercado que está demandando mais produtos digitais”, afirma Paula, trazida do Banco do Brasil para comandar a operação.
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