Dois anos após a Camargo Corrêa ter vendido a Santista Têxtil para os mexicanos da Siete Leguas, um grupo de investidores brasileiros reunidos na GBPK Investimentos comprou a empresa. A informação é do Valor Econômico.
As partes não informam o valor da transação, concluída na sexta-feira, mas o Valor apurou que soma cerca de R$ 300 milhões. O montante inclui a aquisição de 100% das ações no Brasil e na Argentina e assunção de dívidas. O prazo de pagamento vai até 2025.
A operação
A operação foi conduzida pelo presidente da Santista Têxtil, Gilberto Stocche, após ter sido comunicado em junho pelos controladores que, por conta da crise gerada com a pandemia, iriam se desfazer dos negócios nos dois países.
Criada neste ano especificamente para a transação, a holding GBPK reúne 21 investidores locais e, nos próximos três anos, planeja investir R$ 90 milhões na companhia.
“Fui para uma reunião com os mexicanos para falar de ações que precisávamos tomar, falar de aumento de capital, e me disseram que dariam um passo atrás. Foi uma crise fora do comum, eu entendo a decisão deles. O jeito, então, foi pensar numa solução, buscar interessados. Minha ideia nunca foi virar acionista, mas era preciso achar um caminho”, diz. “A verdade é que essa pandemia fez a gente fazer coisas que não imaginava, e era preciso continuar tocando as mudanças que precisávamos na empresa”, disse Stocche, há quase 14 anos no grupo fundado em 1929, ano da primeira grande crise global.
Foram apenas três meses para buscar sócios, manter a empresa de pé, num período de negócios em marcha lenta, e estruturar uma proposta para a Siete Leguas. O executivo e o irmão de Gilberto, o advogado André Stocche, da Stocche Forbes Advogados, especialista em fusões e aquisições, montaram um “pool” com os 21 investidores, todos pessoas físicas.
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