No relatório corporativo da EQI Research veio com as análises dos desempenhos financeiros Lojas Renner (LREN3), Fleury (FLRY3), Rumo (RAIL3) e as vendas dos ativos pelo BTG Pactual Corporate Office (BRCR11).
Acompanhe o resumo e as devidas análises
BTG Pactual Corporate Office (BRCR11)
“O memorando foi para venda de cinco ativos são: o Ed. Brazilian Financial Center, Ed. Burity, Ed. Cidade Jardim, Ed. Transatlântico e Ed. Volkswagen, todos em São Paulo/SP. O valor total da transação é de R$755 milhões, com 70% pago à vista e 30% em duas parcelas anuais corrigidas pelo CDI. Considerando as locações ativas, o cap rate da transação é de 8%.
Com dívidas financeiras na ordem de R$920 milhões, sendo 67% vencendo em 2024, a gestão optou pelo desinvestimento parcial, visto que o custo da dívida é superior a cap rate de seus ativos.
Notícia positiva. O nível de alavancagem financeira era um dos fatores mais preocupantes do BRCR na nossa análise, que irá sofrer grande redução e mudará consideravelmente a estrutura de capital do Fundo após a conclusão da transação. Não foram divulgados os valores individuais das vendas ou impacto financeiro esperado, mas o cap rate consolidado da transação é bom para o Fundo e abaixo da média praticada no setor atualmente.
Os imóveis vendidos estão localizados no Itaim Bibi, Paulista, Chácara Santo Antônio e dois em Jabaquara (Burity e Volkswagen) e, com isso, o BRCR concentra o portfólio no Rio de Janeiro (28,9% da receita antes da venda) e em outras regiões de São Paulo, como a Chucri Zaidan. Aguardamos maiores informações sobre os impactos financeiros, mas com o custo da dívida superior à receita de locação, esperamos um resultado recorrente superior ao atual após a conclusão da transação. Não alteramos nossa recomendação para o ativo, permanecendo com recomendação neutra para BRCR.”
Lojas Renner (LREN3)
“A Lojas Renner reportou resultados fracos no 3T23, com EBITDA caindo 18% a/a. impactado pela falta de alavancagem operacional e despesas temporária ligadas ao CD de Cabreuva. Além disso, Realize continua apresentando EBITDA negativo por conta, já que as taxas de inadimplência continuam altas (+3 p.p a/a).
A receita líquida consolidada cresceu +3% a/a. O crescimento de Realize (+15% a/a) compensou a fraca performance do varejo (SSS em 0,6%).
Negativo. Vemos o resultado de Renner como negativo, ainda refletindo um ambiente macroeconômico desfavorável, com demanda enfraquecida.”
Fleury (FLRY3)
A FLRY reportou resultados positivos no 3T23, superando nossas estimativas de EBITDA e lucro.
“A receita líquida cresceu 11,8% a receita líquida pro forma, com destaque para o crescimento da receita das unidades de atendimento que foi impulsionada pela expansão da marca Fleury (+10,4%) que é a marca mais premium, além das marcas da praça de São Paulo (+12,1%) e Rio de Janeiro (+9,4%). A companhia ganhou market share com a marca Fleury e marcas do RJ no trimestre.
Na linha do B2B, a receita cresceu 3,1% devido a descontinuação de contrato de determinado cliente em hospitais, finalizado no 4T22, e redução de exames Covid que somaram a base do 3T22. O EBITDA pro forma aumentou 16,0% totalizando R$ 506 milhões, com margem de 27,1% (+ 1p.p. a/a). Com uma despesa financeira líquida menor em relação à receita, e menor taxa efetiva de IR o lucro líquido atingiu R$174,2, com aumento de 0,9 p.p. na margem líquida. Reforçamos a recomendação de COMPRA”.
Rumo (RAIL3)
“A Rumo divulgou os resultados do 3T23 mostrando números positivos com ganho de margens EBITDA e líquida, que superou nossas estimativas no trimestre.
A RAIL reportou crescimento da receita em todas as operações (Norte +6%, Sul +11% e +20% Contêineres), consolidando um aumento de 8% na receita líquida a/a. Os números refletem o aumento de 4% dos volumes transportados e maiores tarifas (+10,2% a/a consolidado).
O EBITDA apresentou crescimento de 27%, com expansão de 8,7 p.p. a/a da margem, influenciado positivamente pelos menores custos de combustíveis e maiores tarifas.
Com a melhora operacional e menor alíquota efetiva (16% vs 19% no 3T22) devido a incentivos da malha norte, o lucro apresentou forte expansão de 56%.
Do lado negativo, vemos a perda de market share no Porto de Santos e no Mato Grosso devido a operação em plena capacidade da Rumo, levando as cargas para soluções logísticas alternativas. Contudo, com uma produção forte também esperada para 2024, entendemos que o mercado seguirá positivo e a companhia deverá expandir a capacidade para capturar essa demanda. Reforçamos a recomendação de COMPRA”
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