Já nesta quinta-feira, *Black Friday fechou o dia com o faturamento em R$935,5 milhões – valor 36,56% menor que o mesmo período do ano passado. Este valor foi resultado dos mais de 1,8 milhões de pedidos, cerca de 30% menor do que em 2021. Esses dados consideram o dia 24 de novembro, desde a meia-noite até 23h59.
Os dados são do monitoramento Hora a Hora da Confi Neotrust, empresa de inteligência de dados com foco em e-commerce, em parceria com a ClearSale, empresa referência em inteligência de dados com múltiplas soluções para prevenção a riscos. Segundo o levantamento do Hora a Hora, as categorias que mais faturaram no dia anterior à Black Friday foram: telefonia, eletrodomésticos, eletrônicos, moda e acessórios e móveis.
Do período de 24 até esta manhã do dia 25, o e-commerce brasileiro movimentou mais de R$1,1 bilhão, com um ticket médio de R$547 – ambos os dados são 42,70% e 13,71% menor do que o ano passado, respectivamente.
Sobre o baixo desempenho de vendas, comparando com a última edição da Black Friday em 2021, a Head de Inteligência da Confi Neotrust, Paulina Dias relata: “A pré-Black Friday coincidiu com o jogo do Brasil, o que pode justificar os números apresentados. Não só o faturamento, mas outros indicadores como número de pedidos e ticket médio também ficaram abaixo da média.”
Ao falar sobre o mês de novembro inteiro, até a manhã do dia 25, foram mais de R$13,3 bilhões movimentados no e-commerce – este dado com menor variação: cerca de 1,6% menor do que o ano passado. Isso endossa a questão das pessoas terem antecipado as compras e aproveitado ofertas durante o mês inteiro. Já o total de pedidos no mês teve uma queda de 4,44%, em relação ao período do ano anterior. Considerando somente os dias 24 e 25, a queda é de 32,90%, com uma quantidade total de pedidos de 2,1 milhões.
Para o head de Estratégia de Mercado da ClearSale, Marcelo Queiroz, os dados mostram um impacto da extensão dos descontos: “As compras estão sendo antecipadas e isso causa impacto também nas fraudes, ainda mais considerando que a Black Friday não foi a data mais fraudada, pois as ofertas passaram a ter mais credibilidade”, comenta o especialista.
Analisando o mês de novembro, Paulina Dias, entende que o momento é propício para compras: “Temos algumas considerações do início do mês de novembro, até agora. A primeira é que, de fato, é uma Black November. As compras foram antecipadas até mesmo desde outubro para algumas categorias como TVs. A performance do e-commerce este mês está acima do ano passado, o que é ótimo pois no último trimestre, por exemplo, tivemos uma queda no faturamento de 10,5%, frente a 2021. A expectativa é que este mês feche com saldo positivo. Além disso, o ano de Copa é o momento de troca de TV, então os varejistas investem bastante em promoções. Outras categorias que estão se destacando são os eletroportáteis, petshop e alimentos e bebidas – esta última, muito influenciada pelos dias de jogos de futebol, com produtos como biscoitos, snacks, whisky e cerveja.”, comenta a executiva.
Os meios de pagamento mais utilizados no e-commerce durante a pré-Black Friday (24) e o começo da manhã de Black Friday (25), foram: cartão de crédito, com 44,4%, outros (e-wallet, cashback, débito, etc), com 30,27%, Pix, com 13,35%, e boleto bancário com 11,94%.
Sobre as fraudes, a região Nordeste é a que mais está sofrendo com os criminosos: 2,21% de tentativas de fraudes, seguido da região Norte, com 2,12%. Já a região Sul é a que menos sofre com fraude nessa Black Friday, apenas 1,05% de tentativas de fraude. Para essa data, ClearSale estima evitar mais de R$ 50 milhões em fraudes.
Além disso, com o intuito de acompanhar os movimentos e ajudar empresas e consumidores, a empresa, em parceria com a Confi.Neotrust, está monitorando, de hora em hora, as tentativas de fraudes e outros indicadores do varejo eletrônico brasileiro durante a Black Friday.
* Errata da Assessoria de Imprensa
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