O Índice de Confiança Empresarial (ICE) do FGV IBRE cai 3,3 pontos em outubro, para 98,2 pontos, o menor nível desde maio deste ano (97,4 pts.). Em médias móveis trimestrais, o indicador interrompe a sequência de altas iniciada em abril de 2022 e recua ligeiramente, em 0,1 ponto.
“O ICE recua em outubro com piora das expectativas nos quatro setores pesquisados, sinal de que o setor produtivo espera uma desaceleração do nível de atividade nos próximos meses. Há certa resiliência no setor da construção, que continua registrando aumento da carteira de contratos e um bom nível de atividade corrente”, avalia Aloisio Campelo Jr., Superintendente de Estatísticas do FGV IBRE.
No extremo oposto, a desaceleração continua se aprofundando na Indústria, com queda do nível de utilização da capacidade pelo terceiro mês seguido e piora da percepção sobre a procura interna e externa por produtos industriais.
No Setor de Serviços, o bom momento do segmento de serviços prestados às famílias vem segurando uma queda mais acentuada da confiança.
O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) e o Índice de Expectativas (IE-E) recuaram 2,7 e 4,2 pontos, respectivamente, para 99,3 e 95,9 pontos. O resultado interrompe a sequência de sete altas do ISA-E e de dois meses seguidos do IE-E, levando os indicadores para baixo do nível de neutralidade.
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV IBRE: Indústria, Serviços, Comércio e Construção.
Em outubro, a confiança cedeu em todos os setores que integram o ICE, com quedas mais expressivas na Indústria, Comércio e Serviços. Os resultados foram motivados pela piora das avaliações nos dois horizontes de tempo da pesquisa, exceto na Construção, em que o indicador de situação atual registrou alta de 0,9 pt.. Apenas a confiança da Construção se mantém acima do nível neutro dos 100 pontos.
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