A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera equivocada a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, desta quarta-feira, de aumentar a taxa básica de juros (Selic) para 13,75% ao ano.
Essa foi a 12ª vez consecutiva que o BC subiu a taxa básica de juros da economia brasileira, movimento iniciado em março de 2021. Com essa nova elevação, de 0,50 pp, a taxa de juros real (considerando a expectativa de inflação 12 meses à frente) alcançou 7,8 % ao ano, um patamar muito elevado.
O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, alerta que, desde dezembro do ano passado, a taxa de juros real já supera o patamar suficiente para desacelerar a inflação nos próximos meses, em razão de seus efeitos restritivos e negativos sobre a atividade econômica.
“A CNI entende que, neste momento, o novo aumento da taxa de juros é dispensável para o combate da inflação e trará custos adicionais desnecessários para atividade econômica, com reflexos negativos sobre consumo, produção e emprego”, afirma Robson Andrade.
Na avaliação da CNI, as desonerações recentes sobre energia elétrica, combustíveis, telecomunicação e transporte coletivo estão reforçando esse movimento de desaceleração da inflação. Para julho e agosto, inclusive, a expectativa é de deflação.
Por conta desses fatores, a expectativa de inflação para o fim de 2022, medida pelo Boletim Focus do BC, tem caído recorrentemente e já está em 7,15%. Para 2023, essa trajetória de desaceleração da inflação também está refletida nas previsões do Boletim Focus, em 5,33%.
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