Três fatores devem pesar para o investidor brasileiro nesta terça-feira (15). Algumas das principais commodities estão em forte queda e ameaçam impactar fortemente o mercado nacional: de manhã, o petróleo do tipo Brent cai 6,06%, para US$ 100,45 – menor cotação há bastante tempo e levando a gasolina a cair 5,35% no mercado internacional. O minério de ferro teve queda de 8,52% e as bolsas chinesas desabaram.
Todos esses são fatores relevantes para a economia brasileira e para alguma das principais empresas do País: a Petrobras (PETR4) vê o preço de seu principal produto cair – a companhia exporta cerca de 700 mil barris de petróleo por dia, e a queda da cotação prejudica seus resultados. Ao menos a gasolina também cai, reduzindo a disparidade internacional frente o preço interno, mesmo depois do reajuste.
Por sua vez, o minério de ferro continua sua trajetória de queda, fechando com um recuo em Dalian, bolsa de commodities chinesa responsável pela formação o preço. Com isso, a Vale (VALE3) deve continuar vendo suas ações caindo no curto prazo – ela é fortemente ligada ao preço da principal commodity. Outra commodity importante para o Brasil a ter queda foi a soja, com recuo de 1,62%.
O mercado repercute duas notícias: a possibilidade de um cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, que levaria um pouco de normalidade para o mercado de petróleo e outras commodities – as negociações continuam, mas sem grandes avanços. E, mais crucial ainda para as commodities, a desaceleração esperada na economia chinesa depois de diversas cidades chinesas entrarem em lockdown, entre elas Shenzhen, o “Vale Silício chinês”. Juntando a desaceleração e pessimismo frente o setor de tecnologia – após notícias que a gigante Tencent levará uma grande multa por regras pouco rígidas contra lavagem de dinheiro – fizeram as bolsas de lá despencarem: o Shanghai SE teve perdas de 4,95%, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, caiu 5,72%. Repercutindo o cenário negativo, o índice futuro tem queda de 0,67% minutos antes da abertura do mercado.
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