Nesta quinta-feira (3), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) declarou a seus apoiadores no Palácio do Alvorada (DF) que o Brasil está passando pela maior crise hídrica da história.
“Apesar dos problemas, estamos indo bem. Tem gente incomodado com isso. Na energia, estamos com problema da maior crise hídrica da história do Brasil. Mais um azar. Apesar disso, está indo bem”, disse em live feita por apoiadores.
A afirmativa de Bolsonaro foi feita após Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia, declarar à imprensa que é necessário obter estratégias e medidas, como: importação de mais energia e incentivo ao deslocamento de consumo mesmo depois dos horários de pico.
Pior crise desde 1991
Com o baixo índice de chuvas no país, alguns dos principais reservatórios de água do Brasil estão operando com cerca de 30% da sua capacidade total. Portanto, a aproximação das épocas de seca do país tem preocupado as autoridades de uma grande crise hídrica.
Dessa forma, é necessário lembrar que as hidrelétricas são a principal fonte de geração de energia no país, e com a seca, os alertas de riscos energéticos dispararam, o que pode gerar apagões, principalmente nas regiões do Sudeste/Centro-Oeste .
O Sistema Nacional de Meteorologia (SNM) emitiu um aviso a respeito dos riscos aos órgãos de meteorologia federais e ao Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais). Todavia, os alertas já vinham desde o mês passado.
Agora, o comunicado deixa claro que a situação é severa em Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.
Medidas adotadas
Algumas medidas já foram tomadas para que a crise não chegue às suas consequências mais dramáticas. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) informou que será aplicado o patamar 2 da bandeira (vermelha) nas tarifarias para o mês de junho. Portanto, a cada 100kWh (quilowatt-hora) consumidos, o custo será de R$6,243.
Além disso, na última semana, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) aprovou a possibilidade de medidas extras para garantir o atendimento à demanda.
Em suma, a ideia inclui a possibilidade de maior acionamento de térmicas e importações de energia do Uruguai e da Argentina.
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