A disputa eleitoral para o ano que vem começou mais cedo e tem gerado um sentimento de fim de governo. Desse modo, as reformas econômicas previstas até 2022 estão paralisadas.
Os principais temas discutidos pelo Legislativo é a privatização de algumas estatais, a reforma administrativa e as três propostas de reforma tributária. Contudo, o ambiente de disputa antecipado e as mudanças contrariam grupos de interesse organizados, o que torna difícil o andamento das mudanças econômicas.
Contexto
A longa duração da pandemia, assim como o andamento das investigações na Comissão de Inquérito Parlamenta (CPI da Covid-19) e a falta de espaço no Orçamento de 2021 acabam por incorporar mais demandas parlamentares em troca de apoio ao governo federal.
Sendo assim, o próprio ministro afirma não ter nenhuma previsão sobre os prazos de aprovação das reformas econômicas. Principalmente, após negociações frustradas com o Legislativo.
O que os especialistas dizem
Economistas avaliam que até o próximo ano a política econômica deve considerar duas perspectivas: um Banco Central que terá de lidar com riscos da inflação e uma normalização do estímulo monetário e um Ministério da Economia na defensiva que mantenha os gastos públicos sob controle.
O coordenador do mestrado de Gestão e Políticas Públicas da FGV EAESP (Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas), Claudio Couto, afirma que a administração atual tem como prioridade a reeleição e o combate a oposição ao invés da agenda de reformas econômicas.
De acordo com ele, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disputando as eleições, o clima eleitoral pode esquentar, logo, prejudicando ainda mais o andamento das reformas, o que enfraquece a equipe econômica.
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