Na condição de convidado sem direito a voto na reunião do último dia 16 do Conselho de Pessoas (Cope) da Petrobras (PETR4), o conselheiro Marcelo Mesquita afirmou ser contrário à eleição do general Joaquim Silva e Luna para uma vaga no Conselho de Administração da estatal, já que significaria posterior condução do militar ao cargo de presidente, segundo ata da reunião.
De acordo com o Terra, Mesquita disse que o Cope não deveria se limitar a uma análise burocrática do currículo do indicado (Silva e Luna), mas se valendo de análises de integridade e de capacitação e gestão. O executivo fez referência à contratação pela Eletrobras de uma consultoria para escolher o novo presidente – o que foi descartado após indicação direta da União nesta quinta-feira, 25 -, afirmando que este seria o melhor caminho a seguir para a indicação do presidente “da maior empresa do hemisfério sul”.
Petrobras
Ainda na ata, Mesquita destacou que se a eleição fosse apenas para conselheiro da Petrobras, não faria oposição. Para presidente, porém, o executivo afirmou que “o indicado não preencheria as condições suficientes para o exercício do cargo”.
Apesar da declaração de Mesquita, os membros do Cope votaram favoravelmente à eleição de Silva e Luna para o Conselho de Administração da empresa, o que o torna elegível ao cargo de presidente da Petrobras, e que deverá ser confirmado na próxima Assembleia Geral dos Acionistas (AGE), marcada para o da 12 de abril. O Cope é presidido pelo conselheiro da Petrobras, Ruy Flaks Schneider.
A estatal
Petróleo Brasileiro S.A. é uma empresa de capital aberto, cujo acionista majoritário é o Governo do Brasil, sendo, portanto, uma empresa estatal de economia mista.
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