O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo federal trabalha com a ideia de criar um programa de transferência de renda ligado aos dividendos da Petrobras (PETR4). “Vamos pegar os dividendos da Petrobras e entregar uma parte para o povo brasileiro.
“A parte que nós temos, vamos entregar então. Temos uma ideia de fazer algo parecido um pouco à frente”, disse em participação gravada na sexta-feira no podcast Primocast e divulgada na manhã de terça-feira.
“Vamos fazer um programa de transferência de riqueza, na veia. Pega os 20%, 30% mais pobres da população brasileira e fala: o petróleo é nosso? É. Então toma aqui sua parte. Pega os mais pobres e vamos dar um pedaço para eles”, afirmou. “Que aí a empresa ou paga dividendo para eles ou vende e dá o dinheiro para eles.”
Ele também disse, ontem, que privatizaria tudo, em respeito a todas as estatais do país.
Entretanto, destacou, o presidente Jair Bolsonaro não pretende se desfazer da Petrobras, Banco do Brasil e Caixa.
Petrobras: conselheiros
Segundo O Globo, a Petrobras perdeu quatro membros do seu Conselho de Administração. João Cox Neto, Nivio Ziviani, Paulo Cesar de Souza e Silva e Omar Carneiro da Cunha pediram para deixar os postos de conselheiros da estatal. Os quatros são indicados pelo governo, o acionista controlador da estatal.
A saída deles está relacionada à decisão do presidente Jair Bolsonaro de mudar o comando da companhia, após a alta nos preços dos combustíveis há duas semanas. Para seu lugar, foi indicado o general Joaquim Silva e Luna. Mas o nome precisa passar pelo aval dos acionistas em assembleia, que ainda não tem data marcada.
A Petrobras informou que todos os conselheiros foram convidados para a recondução de seus postos, mas recusaram.
Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na noite desta terça-feira, Omar, ex-presidente da Shell, disse que “em virtude dos recentes acontecimentos relacionados as alterações na alta administração da Petrobras, e os posicionamentos externados pelo representante maior do acionista controlador da mesma, não me sinto na posição de aceitar a recondução de meu nome como Conselheiro desta renomada empresa, na qual tive o privilégio de servir nos últimos sete meses”.
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