O Grupo São Martinho (SMTO3) teve aprovado pelo BNDES um financiamento de R$ 941,6 milhões que visa bancar investimentos da empresa em usinas em São Paulo e Goiás, informou o banco estatal em comunicado nesta terça-feira (19).
Os recursos serão utilizados para construção de uma nova planta de etanol de milho na Usina Boa Vista (GO) e silos de armazenamento de grãos, além da implementação de uma termelétrica e modernização de unidades já existentes.
A nova usina
A nova usina de geração de energia com bagaço de cana-de-açúcar, a UTE São Martinho Bioenergia, será instalada no complexo industrial da empresa em Pradópolis (SP), com 40 megawatts em capacidade instalada.
Já o projeto de etanol de milho, na cidade goiana de Quirinópolis, “possui características inovadoras” porque envolverá integração com uma usina de cana já existente, segundo o BNDES.
“Os silos que serão construídos poderão armazenar 239 mil toneladas de milho usado na produção do biocombustível”, explicou.
O grupo
O grupo São Martinho também deverá usar parte do emprétimo para investimentos em inovação com os quais espera ganhos de eficiência em processos produtivos nas usinas Santa Cruz e Iracema, em Américo Brasiliense (SP) e Iracemápolis (SP).
O BNDES afirmou que o financiamento representa 79% dos aportes previstos pela companhia nos projetos, que somam investimento total de R$ 1,2 bilhão. A previsão é de que os empreendimentos estejam concluídos até 2026.
Emissões de GEE
A São Martinho alcançou uma redução de 7,5% em suas emissões de gases de efeito estufa na última temporada. A diminuição nas emissões de GEE alcançadas nas quatro unidades do grupo se deve principalmente a redução do consumo de diesel; diminuição da adubação mineral nitrogenada, como resultado da substituição por adubação verde e a redução da utilização de calcário, pela menor necessidade de tratamento de correção do solo.
As informações constam no seu Relatório Anual e de Sustentabilidade da Safra 2019/2020.
“Em 2019, emitimos 0,5 milhão de toneladas de CO2 e evitamos a emissão de 2,3 milhões de toneladas de CO2, através da utilização de etanol e bioeletricidade”, informa a companhia.
De acordo com relatório, a preocupação da empresa com a emissão de gases de efeito estufa é estendida à frota corporativa, na qual utilizam apenas etanol; à utilização de máquinas de alta performance e ao rendimento energético, que, somados à adoção da agricultura de precisão, reduzem o uso de combustíveis.
A São Martinho conta com um laboratório de controle de lubrificantes, que fornece dados para o controle da frota agrícola, com o objetivo de otimizar o consumo de diesel, contribuindo para a redução de GEE e para a segurança veicular para os colaboradores.
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