O governo alemão tomou o mega iate do bilionário russo, Alisher Usmanov. O Dilbar, iate de 156 metros, vale cerca de US$ 600 milhões e foi tomado na cidade de Hamburgo nesta quarta-feira (2) – dois dias depois da União Europeia impor grandes sanções aos oligarcas russos, cuja proximidade com o presidente Vladimir Putin é famosa.
O navio estava no estaleiro da Blohm+Voss, localizado na cidade de Hamburgo, desde outubro para ser atualizado. Os governos europeus congelou os ativos dos oligarcas, e outros bilionários também estão sofrendo: o governo francês tomou o iate de Igor Sechin, outro dos bilionários russos – muito embora a embarcação dele fosse muito mais “humilde” que o Dilbar. São 32 megaiates de donos russos que podem ser tomados pelas autoridades.
O Dilbar foi comprador em 2016 pelos US$ 600 milhões e construído sob demanda por 52 meses para Usmanov. Ele pesa 15.917 toneladas, sendo o iate mais pesado do mundo, e tem uma equipe de 96 pessoas. Além disso, ele tem a maior piscina já instalada em um iate, dois helipontos, uma sauna, um salão de beleza e uma sala de ginástica completa. Além disso, ele tem mais de 1.000 lugares de sofá e acomoda 24 pessoas em 12 suítes diferentes.
Usmanov, nascido no Usbequistão e com cidadania russa, tem uma fortuna de US$ 14,4 bilhões, com grande participação na Metalloinvest – de minério de ferro e aço – e na chinesa Xiaomi, uma das maiores fabricantes de eletrônicos do mundo. O bilionário também foi um dos primeiros investidores no Facebook e tem uma grande de imóveis no ocidente, com casas em Londres, no interior do Reino Unido, Alemanha, Suíça, Mônaco e Itália.
O bilionário comentou que as sanções impostas são “injustas” e que ele vai buscar todas as medidas legais para se livrar das alegações, que ele acredita atacarem sua “honra, dignidade e a reputação de suas empresas”. Outro bilionário que está sofrendo com as sanções é Roman Abramovich que está correndo para vender o time de futebol Chelsea – e corre o risco de ter os seus oito megaiates tomados pelas autoridades.
O governo americano também anunciou a tomada da propriedade privada de ricos russos em território americano, em mais uma operação para prejudicar financeiramente o país, depois da invasão da Ucrânia na semana passada.
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