O Burger King (BKBR3), empresa de fast-food brasileira, lançou recentemente uma campanha comercial apoiando o mês do Orgulho LGBTQIA+ intitulada: “Para mim todo mundo pode amar”. A produção mostra crianças pequenas explicando o significado da palavra diversidade.
No entanto, a proposta adotada pela marca teve uma repercussão negativa nas redes sociais por parte do público. Por conta disso, alguns investidores ficaram receosos com as ações da rede, que chegaram a cair no mesmo período.
Assista também ao vídeo para entender o assunto com mais detalhes:
O que olhar na hora de investir?
A primeira questão que o investidor deve prestar atenção ao comprar ações de uma empresa pela primeira vez são as pessoas que administram a instituição. Afinal, são os gerentes e diretores que tomam as decisões importantes.
“Quando a gente investe em uma empresa, precisamos entender todo o contexto e como suas ações podem atingir sua posição dentro da Bolsa de Valores”, afirma Fabrizio Gueratto, Financista do Canal 1Bilhão Educação Financeira.
Marketing agressivo e posicionamento
A partir do momento que uma empresa abre capital, sua responsabilidade não é mais apenas com o consumidor final, mas também com os acionistas. Sendo assim, não dá para fazer tudo, independente se a campanha de marketing estiver certa ou errada.
Do ponto de vista do investidor, é importante saber o posicionamento da marca diante a imprensa e redes sociais. Principalmente, dos seus diretores.
Logomarca do Burger King
Burger King
Muitos economistas afirmam que a Bolsa não é composta só por pessoas, mas também pelas ideologias e princípios que as mesmas carregam. Por isso, as empresas fazem reuniões de análise de mercado com frequência.
“A equipe de publicidade do Burger King deve ter pensado nos principais riscos e benefícios da campanha, sabendo da polêmica que iria dar. Então, eles fizeram justamente para ser repercutido. Colocar crianças e um assunto delicado como o movimento LGBTQIA+ juntos com certeza dividiria opiniões”, explica Gueratto.
Contudo, campanhas assim podem impactar o investidor. Portanto, é um marketing ousado, mas do ponto de vista financeiro, pode prejudicar.
Madero
No começo da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), Junior Durski, dono do Grupo Madero, fez declarações afirmando que o país não podia parar por causa de 5 ou 7 mil mortes. Na mesma época, as pessoas decidiram boicotar o restaurante. Com isso, muitos deixaram de frequentar o estabelecimento.
A empresa está pensando em abrir capital no final deste ano. Entretanto, Durski perdeu a credibilidade tanto com os consumidores quanto com futuros investidores. Além disso, o grupo acumulou uma dívida que alcança R$ 2,4 bilhões.