PIX estreia nos EUA: o FedNow

Serviço de pagamentos rompe fronteiras após sucesso no Brasil

Desde o lançamento, em 2020, o PIX tornou-se o meio de pagamento mais utilizado no Brasil por conta da ausência de taxas em transações, instantaneidade e facilidade que apresenta. Agora, a C&M Software, provedora de serviços de tecnologia da informação, regulamentada pelo Banco Central do Brasil, vai operacionalizar junto ao Federal Reserve o sistema real-time payment em todo o território americano.

Batizado de “FedNow”, o PIX americano será a única tecnologia disponível integrada e garantida pelo banco central americano. Atualmente, outras plataformas de transferência de dinheiro já operam naquele país, porém, não possuem segurança e credibilidade atestadas pela maior instituição financeira do país.

Segundo Daniela Machado, diretora global de marketing e produtos da C&M Software, a empresa está em linha para o desenvolvimento da ferramenta financeira nos EUA. “O PIX é um sucesso no Brasil, isso claramente desperta o interesse de outros países no sistema. A C&M Software se qualificou junto ao FED como um Software Publisher e também um Service Provider, isto significa que além de estarmos certificados a homologar a nossa solução de software para o mercado de pagamentos instantâneos, também somos certificados para efetuar o processamento independente das transações dos nossos clientes. Esse foi um processo desafiador que levou quatro anos”, comenta.

Diferenças entre o PIX e o FedNow

A ferramenta americana trará certa similaridade ao meio de pagamento brasileiro, porque ambos adotam protocolo transacional ISO 20022. No entanto, duas singularidades diferem os sistemas. No FedNow, existem liquidações diferidas e uma implementação diferenciada do link de pagamentos, chamada de RTP (Request to Payment).

O processo de implementação do serviço

O mercado de pagamentos nos EUA é absolutamente diferente do Brasil. Os americanos ainda nutrem uma relação intensa com os métodos “tradicionais”, como cheques, recibos e credores, além de ter levado para o mercado de cartão de crédito a maioria dos serviços de liquidação.

“A integração com o mercado americano é bem diferente do preparo do Brasil para colocar em prática o PIX. O processo de instauração do meio de pagamento nacional aconteceu ao longo de 20 anos, dentro da Rede do Sistema Financeiro Nacional, em que todos os bancos conectados estão assegurados pelo Bacen, performando com altíssima tecnologia integrada e criptografada. Já os EUA possuem uma estrutura organizacional diferente, mas que requer unidade no processo para aqueles que se tornarem participantes do projeto”, afirma Machado.

Outros países com interesse no PIX

Além dos Estados Unidos, o PIX já desperta o interesse em países latinos e do Canadá. Segundo, Roberto Campos Neto, presidente do BCB, desde o ano passado, conversas avançadas estão em desenvolvimento junto do Chile, Argentina, Colômbia e Canadá, juntamente aos seus membros do BIS (Bank for International Settlements), para contar com sistemas parecidos em suas respectivas nações. Além disso, o Canadá também surge como um dos países interessados em conhecer mais sobre o sistema.

De acordo com dados do BCB, no ano de 2022, pagamentos feitos através do PIX atingiram R$10,9 trilhões em volume financeiro de transações.

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