O BNDES subscreveu R$ 312 milhões em debêntures de infraestrutura, na oferta pública de R$ 520 milhões realizada pela concessionária Eco135 para investimentos em melhorias de trechos de rodovias em Minas Gerais.
Em processo coordenado por um consórcio formado pelo BNDES e pelo Bradesco BBI, a emissão foi subscrita pelo BNDES, na proporção de 60% da oferta, e o restante foi adquirido pela Kinea, gestora de fundos do grupo Itaú e uma das maiores da América Latina.
As debêntures suplementarão financiamento aprovado pelo BNDES em 2019 para o lote rodoviário concedido à Eco135, que compreende 301,2 quilômetros da BR-135 e trechos das rodovias estaduais LMG-754 (40,10 quilômetros) e MG-231 (22,65 quilômetros), nas proximidades de Montes Claros, Curvelo e Cordisburgo.
Os recursos irão viabilizar a realização de investimentos novos, como o anel viário de cerca de 13 km no município de Montes Claros, adicionados à concessão em 2022, além da continuidade de obras já previstas, destacando-se a duplicação de 136 quilômetros do trecho concedido.
As obras do anel viário, já iniciadas, estão previstas para serem concluídas até 2024 e visam retirar o tráfego pesado da rodovia BR-135 da área urbana da cidade de mais de 400 mil habitantes, diminuindo o impacto à mobilidade no município.
Logística e economia
Os trechos constituem alguns dos principais eixos de ligação entre a região nordeste de Minas Gerais e Belo Horizonte, sendo a BR-135 também um importante corredor viário de longa distância no País, interligando o Nordeste e o Sudeste do Brasil.
Além da relevância logística, a concessão tem fundamental importância econômica para o norte de Minas Gerais, uma vez que vem gerando investimentos, empregos e arrecadação de ISS para as prefeituras locais.
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