Uma pesquisa da XP revelou que sete em cada 10 investidores com aportes no exterior querem aumentar a exposição internacional em 2023. Na pesquisa foram ouvidos mais de 10 mil clientes. Este potencial aumento dos aportes lá fora se daria, segundo o levantamento, pelo investimento direto em ações de empresas internacionais, seguido de Reits e bonds. Entre três principais razões para investir lá fora, ainda segundo a pesquisa, estão a proteção de variações cambiais, a diversificação de investimentos e a proteção de incertezas macroeconômicas do país.
O levantamento, feito com homens e mulheres com mais de 18 anos, indica que os investidores com aportes no exterior (44%) aplicam seus recursos atualmente de forma indireta em fundos (12%), BDRs (9%) e ETFs (7%). A maioria é formada por homens (84%), com perfil de investimento agressivo (77%) e idade entre 35 e 44 anos (31%).
Entre os que que ainda não investem no exterior (66%), as principais barreiras para dar esse passo são o desconhecimento dos produtos existentes (59%), a falta de entendimento de como e onde fazer (25%) e uma percepção de maior risco (16%). Ainda assim, quase metade deles (47%) diz ter algum nível de interesse em começar a investir lá fora. Os que estão nesse grupo apontam que a vontade de investir no exterior é impulsionada pelo desejo de se proteger do câmbio, e na perspectiva de diversificação e retornos maiores.
“A diversificação internacional é uma aliada essencial a diversos perfis de investidores. O conhecimento sobre as possibilidades e vantagens de investir lá fora vem crescendo gradualmente e os investidores só têm a ganhar com isso,” diz Lucas Rabechini, diretor de Produtos Financeiros da XP.
Preferência por renda fixa
No atual cenário de juros altos e incertezas fiscais, os investimentos em renda fixa seguem no radar de preferência dos investidores. A mesma pesquisa aponta que, para 65% dos entrevistados, a classe de ativos é a mais considerada para se investir este ano, seguida de fundos imobiliários (48%), ações da Bolsa brasileira (44%), Tesouro Direto (41%) – que, apesar de ser renda fixa, teve uma opção à parte, devido à popularidade – e fundos em geral (35%).
No recorte por perfil de investidor, a renda fixa domina a preferência, entre os considerados conservadores (69%), moderados (66%) e até agressivos (64%). Ao filtrar por faixa etária, também a preferida dentre todas. “As taxas esperadas pelo mercado são o ponto de partida para os rendimentos dos títulos de renda fixa. Sendo assim, esperamos mais um ano de protagonismo da classe, com retornos elevados”, diz Camilla Dolle, head do research de renda fixa da XP.
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