A Empiricus Gestão lança o Carbon Fund II, que como o nome diz tem foco em crédito de carbono. Voltado exclusivamente à investidores profissionais, a expectativa é levantar R$ 400 milhões, com taxa de administração de 2% e perseguindo um retorno de IPCA+ 20% ao ano. O valor mínimo de aporte será trabalhado em duas vertentes: a primeira opção é de R$ 125 mil e a outra de R$ 750 mil.
O novo fundo busca a continuação da tese do anterior, o FIP Carbono, cujo rendimento atual é de 64% ao ano desde a sua criação. Ele tinha como foco um portfólio voltado à conservação de floresta, geração de energia eólica e queima de metano em aterros sanitários no Brasil. O segundo fundo, por sua vez, busca expandir o mercado de atuação, uma vez que serão também analisados créditos de carbono de projetos na América Latina e na África.
O novo fundo ainda trouxe um pool de experts como consultores e membros do comitê de investimento com o BTG Pactual, a ForFuturing, a Systemica e a Ecofinance, players relevantes do mercado de atuação do novo fundo.
“A gente não compra terra nem gera o crédito, o foco do novo fundo é a aquisição de créditos performados ou futuros. Buscamos oferecer liquidez para os proprietários dos projetos, montando assim um portfólio de créditos de carbono de qualidade. Com o amadurecimento deste mercado, os compradores têm olhado muito a questão de qualidade e adicionalidade do crédito”, explica Felipe Monteiro, head de investimentos alternativos da Empiricus Gestão.
Para Monteiro, não existem fundos como o nosso na América Latina, então, como no lançamento do primeiro fundo, seguimos pioneiros no desenvolvimento do setor.
O novo fundo surge no momento em que Brasil se prepara para regular o mercado de carbono. “O timing não podia ser melhor. A expectativa é que a votação da regulamentação do mercado nacional ocorra logo após a aprovação da reforma tributária. Virando lei, a demanda por crédito de carbono naturalmente deve crescer, fazendo com que o fundo se torne ainda mais relevante. Com isso, ele poderá atuar tanto no mercado voluntário como no mercado regulado”, afirma Monteiro.
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