A BBCE ampliou o portfólio de derivativos e lançou nesta quarta-feira (12), o Contrato a Termo de Energia com indexador do Custo Marginal de Operação – CMO. Com isso, os agentes do mercado livre e instituições financeiras podem contar com mais um derivativo para negociação ou hedge (proteção) contra oscilação de valores associados à energia.
O Contrato a Termo de CMO é um derivativo de energia elétrica cujo ativo-objeto – ou seja, o indexador CMO, dado divulgado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para indicar o custo para atender o próximo MWh demandado pelo sistema. O instrumento serve para proteger empresas expostas à variação do CMO e dar mais previsibilidade a esse custo, bem como para posicionamento.
Rafael Carneiro, diretor Comercial da BBCE, explica que, ao contrário do PLD, CMO não tem piso nem teto. “Além disso, o descolamento entre o CMO e o PLD resulta em encargos setoriais, a serem pagos pelos usuários do Sistema Interligado Nacional (SIN). Trata-se, portanto, de um custo que gera necessidade de proteção (hedge) contra oscilação dele, posicionando o Termo como um eficiente instrumento para mitigação desse risco e, ainda, como oportunidade de negociação em busca de retorno financeiro”, completa.
A BBCE oferece a possibilidade de registro de Termo de Energia CMO para todos os submercados e os prazos semanais, mensais, trimestrais, semestrais e anuais. As operações serão realizadas na BBCE Plataforma Derivativos, pioneira ao oferecer, em um único ambiente, o registro e a negociação de contratos a termo de PLD.
Um dos grandes diferenciais da BBCE é que não somente as instituições financeiras – como bancos, fundos e corretoras – podem operar. “Nossa aprovação ocorreu de forma a propiciar o acesso aos agentes do mercado livre, sem a necessidade de intermediários”, diz Carneiro.
O que são derivativos de energia
Derivativos são contratos financeiros cuja formação do preço está sujeita à variação de preços de outros ativos, mais precisamente dos seus respectivos ativos-objeto. Nos derivativos oferecidos pela BBCE, os Contratos a Termo, não existe a entrega física desse ativo, apenas a liquidação pela diferença entre o preço negociado e valor de referência do ativo-objeto no vencimento. Nesse caso, o valor referência é o PLD e, agora, com o lançamento, o CMO.
Os derivativos são eficientes instrumentos para mitigação de riscos de variação do preço da energia, as chamadas operações de hedge. Também são instrumentos bastante utilizados para posicionamento na variação do preço de um ativo-objeto. Carneiro afirma que os agentes do mercado de livre, bancos e fundos que quiserem se posicionar na variação de preços de energia podem encontrar nos derivativos uma ferramenta eficiente, segura e transparente.
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